Os exames de DNA apresentaram os resultados esperados: a duas crianças, nascidas no Hospital Santa Lúcia no Setor Campinas em Goiânia, no dia 25 de março do ano passado, não estavam com as mães biológicas . Os exames foram apresentado nesta sexta-feira (30) pela delegada titular da Delegacia Estadual de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), Adriana Accorsi.

O caso será encaminhado ao Juiz da Infância e Juventude, Maurício Porfírio Rosa, que está viajando e começa a provindenciar a troca das crianças na segunda-feira (3). “Está confirmado, como já esperávamos, que as mães não estão com os filhos biológicos. Não há outros casais envolvidos. O caso está praticamente concluído”, informa a delegada.

Segundo Adriana Accorsi, as famílias já foram comunicadas. “O Juizado vai encontrar a melhor forma de fazer a troca. A delegacia, o juizado, e o próprio hospital onde ocorreu o fato já ofreceram o suporte de psicólogos para evitar mais traumas. Acredito que as mães já estão mais conformadas”, opina.

Apesar de afirmar que a investigação está quase concluída, a delegada informa que falta detalhar no inquérito a participação exata de cada pessoa envolvida na troca dos bebês. “As três técnicas em enfermagem que estavam em serviço no dia participaram da troca. Foi uma sucessão de erros. Cada uma, como profissional, teria que saber exatamente o que fazer.”

As três técnicas em enfermagem que teriam participação na troca dos bebês são Marla Luciana Alves de Lima, Rosemar Correia da Silva e Almelinda Lopes de Amorim. Rosemar, que já estaria envolvida em outra troca de bebês, se recusou a depor. A delegada diz que a recusa não altera em nada o trabalho policial. A investigação durou um mês. O exame de DNA de todos os envolvidos era crucial para esclarecer o caso.