A vereadora Dra Cristina (PL) comunicou oficialmente que não será candidata a prefeita de Goiânia. Mesmo tendo confirmado a participação na disputa eleitoral, o PL decidiu por apoiar o MDB de Maguito Vilela. O anúncio ocorreu na sala das comissões da Câmara Municipal de vereadores e contou com a participação de várias mulheres.
“Fui sabotada pela deputada, presidente do partido que tem como slogan “mulher de palavra”, isso não teve”, argumentou. Ela destacou que foi a Caldas Novas no escritório da deputada Magda Mofatto, presidente estadual do partido.
Dra Cristina disse que relatou que Magda Mofatto e o presidente do partido, Flávio Canedo, que ela não teria crescido nas pesquisas. Cristina relatou que isso não havia sido acordado anteriormente. “Eu não tenho dinheiro, mas tenho voto, tenho honra e credibilidade”, destacou.
Meu plano é seguir o meu mandato, sou suplente na Assembleia Legislativa. Se outros colegas que são candidatos tiverem sucesso e eu tiver condições de assumir, mas essencialmente não dependo da política. Tenho uma carreira destacada, sou fisioterapeuta. Não quero pensar sobre partido. A traição infelizmente é uma marca na política brasileira.
Durante o processo de definições, houve a possibilidade de uma composição entre Dra Cristina e Adriana Accorsi (PT). Cristina explicou que neste caso, em específico não houve interferência do PL, mas sim, a discordância de aliados dela sobre pensamento de ideias propagados pelo Partido dos Trabalhadores.
Pronunciamento
Dra Cristina estava bastante emocionada. Ela argumentou que “pra ela o momento é muito difícil”, pois os partidos não viabilizaram candidatura. Ela contou um pouco a trajetória dela e disse que ela e outras mulheres foram “traídas” pelos partidos neste processo eleitoral. “Pra mim é um momento muito difícil”, declarou.
A ex-pré-candidata a vice prefeita, Valdelice Ribeiro, a “Nega na Moda”, abraçou Cristina e disse que foi discriminada. Ela seria vice de Wilder Morais (PSC), que agora é vice de Vanderlan Cardoso (PSD). Maria Ester (Rede) que teve candidatura confirmada, mas o partido preferiu apoiar Elias Vaz (PSB), também compareceu ao anúncio.
Ainda estiveram presentes Manu Jacob (PSOL) e Virmondes Cruvinel (Cidadania). Adriana Accorsi (PT) ligou para Dra Cristina e se solidarizando pelo fato de não conseguir participação do processo eleitoral.
Ao se pronunciar, Dra Cristina lembrou da marcas de queimadura que sofreu, após agressão pelo ex-namorado. Ela teve 85% do corpo queimado e argumentou que a cicatriz que carrega no corpo é por ser mulher, assim como a atitude.
A vereadora relatou que a não participação dela é pelo fato de estar numa sociedade machista. “O que fizeram comigo, dificilmente se faz com um homem. Nós estamos numa sociedade machista. Essa é a sociedade que a gente vive”, argumentou.
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