A produtividade não foi a mesma dos últimos jogos, mas pelo menos o resultado não foi negativo. O Goiás buscou o empate duas vezes e o técnico Ricardo Drubscky revelou um dos motivos que pode ter feito a equipe oscilar: o retorno ao Serra Dourada. O comandante esmeraldino acredita que o time sentiu fisicamente a volta após um mês longe de casa, mas reforça o poder que o campo tem para o Goiás nas competições e quer exercer esse poder nas próximas rodadas.
“Eu acho que, fisicamente, nós sentimos o jogo porque já tem um mês que não jogamos aqui. A gente sentiu que o adversário estava com dificuldades para impor o jogo deles e se a gente tivesse um pouco mais forte fisicamente, com um time mais sereno, nós poderíamos ter criado mais situações de gol. Faltou um pouco de amadurecimento, de tranquilidade, mas eu quero jogar sempre no Serra, eu sei o que é jogar contra o Goiás aqui, já vim algumas vezes e já sofri muito”
O empate só pôde ser comemorado no fim pela estrela de Drubscky e pelo ímpeto dos garotos Assuério e Erik, que construíram a jogada do gol após o roubo de bola de Danilo. O treinador tem aproveitado algumas jovens peças, mas a torcida tem pedido, de forma insistente, a entrada de Clayton Sales e Mário Sérgio, já que as laterais seguem sendo um problema. Drubscky voltou a pedir calma e explicou que até mesmo seu cargo pode estar em risco se queimar algum atleta.
“Nós não podemos achar que vamos fazer um time de garotos para a 1º Divisão. Se a gente não tiver cautela para lançar os meninos, eu vou embora muito cedo, nós vamos queimar muito atletas e o Goiás não vai ganhar porcaria nenhuma. Essa questão do Clayton ter atrasado meia hora no treino, ele simplesmente confundiu o horário, é um menino ótimo. Se a gente não tiver cuidado, a gente pensa que pode lançar fulano de 17 anos e depois a gente se estrepa. Eu quero ficar no Goiás pelo menos dois anos”
Reforço artilheiro
O Goiás fechou nesta quarta-feira a contratação do atacante Bruno Mineiro, que deve ser apresentado nos próximos dias, mas só poderá atuar após a Copa do Mundo, já que estava no Catar. Drubscky, que indicou o nome do atacante, se mostrou empolgado com a chegada do camisa 9 e destacou que segue observando mais opções, principalmente para as laterais.
“Me parece que já está tudo certinho com exames e essas coisas todas. É um jogador realmente interessante, gosto muito dele, já trabalhei com ele no Atlético-PR, o conheço desde a base do América-MG e pode vir a ser um camisa 9 muito interessante para nós, principalmente pela maneira sólida e compacta de jogar. Ele pode nos ajudar muito, é o que esperamos. Se nas laterais pintar alguém interessante, a gente vai trazer”