Depois de quatro jogos sem balançar a rede, um brinde a dois gols muito comemorados. O Goiás voltou a marcar e voltou a vencer na Série A, e com o 2 a 1 pra cima do São Paulo no Serra Dourada, ganha mais confiança para seguir bem na competição. O técnico Ricardo Drubscky não se empolga demais com os sonhados gols e quer que isso seja algo rotineiro, que o time se encaixe e não seja apenas uma fortaleza defensiva.
“O que eu não queria é que a gente rotulasse a equipe como defensiva, a gente sabe marcar bem, isso é uma virtude, e eu não vou tirar essa força, esse poder que temos. O que precisamos é, aos poucos, ir achando também essa força ofensiva, essas pecas que se encaixem para termos um equilíbrio defensivo e ofensivo na competição”
Os gols marcados por Amaral e Bruno Mineiro foram em jogadas pelo alto, algo que o Goiás treina, mas não muito em relação aos treinos de posse de bola ou jogadas em velocidade. Drubscky destacou esse ponto e mostrou um certo desconforto com os minutos finais da equipe, quando o time não conseguiu prender a bola no ataque e perdeu o controle muitas vezes. Até por isso, ele não acha que tenha sido o melhor jogo esmeraldino na competição.
“Eu não concordo que tenha sido a melhor não, nós tivemos um bom jogo contra o Atlético Mineiro, contra o Botafogo, o Santos também jogamos de igual pra igual. Nós temos jovens valores sendo utilizados na equipe e esse time está se conhecendo de forma mais forte. Quando nossa equipe começar a ter uma fluência de jogo ofensivo, nós vamos conseguir ganhar com mais gols”
Vencer um poderoso do eixo Rio-São Paulo sempre enche o torcedor de alegria e esperança sobre o que esperar do time no restante da competição. Já o treinador é mais “pé no chão” e prefere que o Goiás galgue os passos de forma curta, sempre focado no próximo adversário. Drubscky acredita que quem faz muitos prognósticos pode ficar marcado negativamente.
“Pela cara da nossa equipe, nós seríamos presunçosos, pretenciosos de projetar algo para frente. Nós passamos pela 12º rodada e tá provado que o Goiás não brinca, não faz feio, quando precisa defender, defende, e quando precisa atacar, a gente ataca. Tem bons argumentos ofensivos, temos a bola parada, alguns jovens jogadores que se destacam, mas eu não gosto de falar pelo que a gente vai brigar lá na frente”T