Na manhã deste sábado (07) o Goiás realizou, no CT Edmo Pinheiro, um café da manhã com o objetivo de promover uma interação entre os dirigentes, membros da comissão técnica e a imprensa goiana.
Durante o evento, o presidente Sérgio Rassi concedeu uma entrevista exclusiva ao repórter André Rodrigues, da Rádio 730. Desde o dia 04, quando o elenco esmeraldino se reapresentou, as formas físicas de alguns jogadores chamaram a atenção da imprensa nacional, como é o caso do atacante Walter (que declarou ter voltado com 8 quilos a mais) e do goleiro Márcio. Sobre isso, Rassi lamentou a forma como eles se apresentaram, mas ressaltou que a pré-temporada, esses 15 dias de concentração, vão ajudar os jogadores a voltarem ao seu formato físico de maneira mais rápida.
“O atleta tem que ter esse compromisso, ele vive do seu desempenho físico e não pode de maneira alguma se descuidar. A pré-temporada serve para isso, restabelecer o nível ideal de performance do atleta. É lamentável que tenha ocorrido, não esperávamos por isso, mas para toda doença tem um remédio e ele já está sendo prescrito para esses atletas”, declarou.
O goleiro Marcelo Rangel, que veio do Londrina (defesa menos vazada da Série B 2016), foi apresentado oficialmente durante o evento. A expectativa é que pelo bom desempenho do jogador na temporada passada, ele já comece o Goianão como titular. Com a chegada de Rangel, o Goiás fica com um total de cinco goleiros, além dele tem o Matheus, que foi formado na casa, o Ivan, Renan e o Márcio, que chegou no ano passado do rival Atlético, mas não convenceu em suas atuações.
Sobre esse assunto, o presidente Sérgio Rassi afirmou que a intenção do Goiás é dispensar pelo menos dois deles, mas de uma forma amigável, que fique bom para ambos os lados.
“A princípio não é a nossa intenção ficar com cinco goleiros, nenhum clube pode se dar ao luxo de pagar salários altos para cinco jogadores na mesma posição. Eu diria que três deles tem salários bem altos, mas a Lei Pelé dificulta muito isso para o clube, não podemos bater na mesa e falar que quer rescindir com o atleta, você tem que pagar todos os salários dele até o final do contrato e isso inviabiliza a conversa. Dentro de um espírito amigável com esses cinco goleiros, vamos mostrar à dois deles que a permanência no clube é inviável, tanto do ponto de vista financeiro como do ponto de vista dele mesmo, porque acho que nenhum goleiro quer ser quarto, quinto goleiro”, afirmou.
Confira abaixo a entrevista completa:
Como você analisa o fato de estar repercutindo na imprensa que vocês, na Série B, teoricamente, contrataram melhor que o Atlético, que está na Série A?
– Eu não quero ser advogado do Atlético, mas um time quando entra na Série A, o valor do jogador que pretende disputá-la, é um valor que o clube terá dificuldade, eles puxam lá para cima o valor da negociação, tenho certeza que o Atlético está tendo esta dificuldade. Na Série B você tem um nível um pouco inferior e aí facilita, mas isso é tudo mérito do Harlei e do treinador, essas negociações que estamos fazendo. Tudo a gente discuti, negocia, renegocia e quem chega na frente toma a água limpa, e esse mérito transnfiro ele ao Harlei. Espero que esse grupo não seja só para a Série B, ele tem um quilate para jogar uma Série A.
Chega mais algum reforço para o Goianão?
– Possivelmente mais um atacante de velocidade para suprir a ausência do Rossi, apesar que o Medina tem essa característica, mas ele ainda é jovem e não queremos transferir à ele essa responsabilidade.
Em relação ao Tiago Luís, está fechado?
– O Tiago ainda está em fase de negociação. Nós temos três situações que envolvem a contratação dele: o acerto com o atleta; o acerto com o empresário e com o grupo que tem os direitos dele. Com ele e o empresário está tudo certo, mas com as pessoas que detêm os direitos dele, estamos tendo dificuldade na parte financeira.
O que esperar deste ano de 2017?
– É um ano novo, tem planos que não foram executados ou plenamente satisfeitos do ano anterior e você passa a ter a intenção para que eles se executem. Eu sinto hoje no Goiás uma atmosfera bem diferente, são jogadores novos que vieram muito comprometidos com o ideal do clube, que é a volta às vitórias, à Série A, e quem sabe, um resultado muito bom na Copa do Brasil e no Campeonato Goiano. É um grupo unido e com essa determinação de sermos vencedores.