A decisão do presidente em exercício da Câmara, Waldir Maranhão, de anular a sessão que aprovou o Impeachment da presidente Dilma Rousseff, gerou forte reação em Brasília. O relator do processo na casa, deputado Jovair Arantes (PTB-GO) comparou o parlamentar maranhense a um bêbado.
“Uma pessoa sem nenhum preparo. Infelizmente é o que temos. Ele causou esta crise enorme. Ele provocou uma reação muito intensa de toda a sociedade brasileira, mas principalmente da Câmara Federal. O que ele fez foi expor a Câmara Federal ao mundo inteiro, mesmo que ele tenha voltado atrás,” afirma.
Ouça a entrevista completa de Jovair Arantes:
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De acordo com Jovair, a decisão de Maranhão foi extemporânea, monocrática e sem nenhum fundamento legal. “Isso é uma condução absolutamente perigosa. É o mesmo que um cara muito bêbado dirigir um carro,” compara.
O objetivo da base que aprovou o Impeachment agora é tirar Maranhão do cargo. Jovair cita que o PP, partido do deputado, vai discutir a expulsão dele nesta terça-feira (10). Ele também revela que o DEM entrará com um pedido de cassação do mandato do presidente em exercício.
Novas eleições
Caso a Câmara faça um novo pleito para a escolha do presidente, Jovair diz que não vai participar da disputa. Ele conta que foi sondado, mas que prefere tentar se eleger no pleito de 2017.
Governo Temer
Jovair Arantes diz que gestão de Dilma Rousseff fez com que o Brasil perdesse uma geração inteira. Ele aponta que o País está sem credibilidade e afundado em uma crise política e econômica.
Diante deste cenário, o deputado goiano aponta que a esperança é de que Michel Temer possa montar uma equipe capaz de melhorar a situação do País, mesmo que este processo dure um longo tempo.
O parlamentar revela que foi convidado a ocupar o Ministério do Trabalho, mas que prefere seguir trabalhando na articulação na Câmara dos Deputados. Ele listou quatro nomes de aliados para que Michel Temer escolha um para ocupar o cargo.
Dilma em Goiânia
Jovair Arantes criticou a inauguração do terminal de passageiros feito pela presidente Dilma Rousseff. Segundo ele, a petista inaugurou uma obra que ainda não funciona e que só é possível chegar ao local de helicóptero.
Ele também criticou o anúncio da criação de duas novas universidades federais em Goiás por parte da presidente. Segundo ele, Dilma quis se fazer de boazinha para os goianos sobre uma questão que já está sacramentada.
