Após a informação que trouxe na programação da Rádio 730 de que a diretoria do Atlético poderia vender o mando de campo de dois jogos neste segundo turno do Campeonato Brasileiro, o torcedor se dividiu diante desta possibilidade. Uns não concordam, tampouco aceitam esta alternativa da diretoria atleticana para aliviar a crise financeira que vem travando o desenvolvimento maior do clube nesta temporada. Outros apoiam e entendem que o presidente Valdivino José de Oliveira tem uma boa alternativa, caso seja um valor substancial.

Sinceramente, eu sou completamente a favor disto. O Santos constantemente joga na Vila Belmiro com um público baixo, quando vai para o Pacaembu tem um aumento de público/renda significativo. A dupla Gre-Nal chega a jogar o clássico no Uruguai. Se houver um bom retorno financeiro, por quê não fazer?

No ano passado contra o Internacional a renda foi de 80 mil reais. Diante do Botafogo, ela passou um pouco dos 236 mil reais. Eu não acredito que neste ano os números possam ser muito diferentes, exceto se o ingresso for quase de graça.

Ainda está em fase de estudo. Mas é uma realidade muito próxima de Atlético x Internacional ser disputado em Jataí e Atlético x Botafogo ser disputado em Brasília. Os valores não foram divulgados. Mas entre as negociações para confirmar os jogos nestas praças, existe a negociação para favorecer os jogadores como por exemplo, o torcedor que comprar o ingresso diante do Palmeiras (rodada que antecede o jogo contra o Botafogo) terá acesso ao jogo com o time carioca sem precisar comprar outro bilhete.

PRESENÇA DE PÚBLICO

Diante da polêmica mudança de cidade em alguns jogos, o atleticano Marcelo, no CCT do Urias Magalhães, me instigou em um bate-papo sobre a média de público do time desde 2007 até os dias atuais. E por fim que eu comparasse com os outros clubes da capital, então vamos aos dados no Campeonato Goiano e Brasileiro das temporadas de 2007, 2008, 2009, 2010 e 2011.

Goianão 2007: Vila Nova (7.343 pagantes), Goiás (7090 pagantes) e Atlético (6.274)

Brasileiro 2007: Goiás (14.051 pagantes), Vila Nova (13.309 pagantes) e Atlético (5.150 pagantes)

Goianão 2008: Goiás (8.971 pagantes), Vila Nova (5.575 pagantes) e Atlético (4.769 pagantes)

Brasileiro 2008: Vila Nova (12.924 pagantes), Goiás (8562 pagantes) e Atlético (4060 pagantes)

Goianão 2009: Atlético (7.832 pagantes), Goiás (7.822 pagantes) e Vila Nova (5.132 pagantes)

Brasileiro 2009: Goiás (11.950 pagantes), Atlético (5.001 pagantes) e Vila Nova (4.169 pagantes)

Goianão 2010: Vila Nova (5964 pagantes), Goiás (5.873 pagantes) e Atlético (5.376 pagantes)

Brasileiro 2010: Goiás (7.967 pagantes), Atlético (7.890 pagantes) e Vila Nova (6.065 pagantes)

Goianão 2011: Atlético (5.958 pagantes), Goiás (5.870 pagantes) e Vila Nova (5.371 pagantes)

Brasileiro 2011: Goiás (11.584 pagantes), Atlético (7.458 pagantes) e Vila Nova (7.424 pagantes)

Vamos ao debate… A torcida do Atlético está crescendo? Sim. Cresce no mesmo ritmo que o time vai conquistando títulos e realizando boas campanhas no cenário nacional. Por este números, podemos entender que a diferença entre os três clubes está diminuindo (pelo menos em presença de público no estádio).

Quando Atlético e Goiás estiveram na Série A 2010, os dois enfrentaram os mesmos clubes nas mesmas condições e a diferença foi muito pequena. Na Série B 2009, diante das mesmas circunstâncias, o Atlético conseguiu um número maior de torcedores no estádio que o Vila.

Diante desses números, em apenas um elemento  eu tenho certeza… Time bom leva gente para o estádio. Nos melhores times de Goiás, Vila Nova e Atlético as médias eram bem mais altas.