A sexta-feira no Vila Nova começou com nova polêmica, após as declarações do treinador Guilherme Alves envolvendo atrasos salariais no clube colorado. Durante o programa Debates Esportivos, da Rádio 730, o presidente executivo do Tigrão, Ecival Martins apresentou a versão da diretoria do clube perante o assunto.
– Até a semana que vem não é possível acertar tudo que o Vila está devendo. Estávamos dependendo de um acordo que não se concretizou como esperávamos, mas até dezembro estaremos resolvendo esta situação. Sobre uma possível antecipação das cotas televisivas, no atual momento a CBF não conversa sobre o assunto. Vale o destaque que toda essa situação é fruto de antecipação. Precisamos ter responsabilidade para não mexer no orçamento. É muito fácil ir na CBF pedir antecipação de cotas e acumular problema atrás de problema, eu não vou fazer isso -, disse
Conforme relatado por Guilherme Alves, caso não ocorra o pagamento dos salários em atraso nesta sexta-feira (18), os jogadores do Vila Nova não irão concentrar visando o duelo de amanhã contra o Paysandu. Sobre a provável greve, Ecival declarou respeito.
– Eu entendo a situação dos atletas, mas estamos trabalhando para a resolução dos atrasos. Nesta semana foram realizados dois acordos grandes, um com o Supremo Tribunal de Justiça, além de uma série de situações, que serão resolvidos a médio e longo prazo. O que posso garantir é: vamos resolver toda a situação dos jogadores dentro de 2016. Agora, infelizmente a situação do Vila é complicada. Estamos buscando recursos, dentro do que é possível, para resolver o todo -, declarou o presidente que fez questão de pontuar: “desde o dia que cheguei aqui, chamei os atletas para mostrar como estava o clube. Não faço nenhum tipo de promessa para ninguém sem antes estar com dinheiro no cofre ou no banco. Seja da base ou profissional, todos sabem disso”, explicou.
Desde que assumiu o cargo de presidente do clube, Ecival Martins revelou que foi surpreendido com algumas situações que não estava ciente. Segundo o mandatário, algumas eram bem simples: paga ou paga. Para evitar qualquer problema futuro, Ecival explicou que o planejamento criado para 2017, continuará sendo respeitado.
– É uma situação difícil do clube, todos estão sabendo do atual momento do Vila Nova. Estamos fazendo o máximo para resolver os problemas, entre eles, a questão salarial, que é um tópico grave de vários do Vila. Pegando como exemplo um contratempo após as eleições, o Programa de modernização da gestão e de responsabilidade fiscal do futebol brasileiro (Profut) que era mais grave do que eu imaginava. Estávamos quase perdendo o direito de entrar em campo na próxima temporada, ia vencer cerca de R$ 17 milhões de uma vez. Tivemos que nos movimentar para honrar esse compromisso. Eu tinha um recurso destinado para resolver essa situação, mas quando nos deparamos com o valor era muito maior -, revelou.
Ecival concluiu a entrevista ratificando posição de apoio aos atletas e declarou que se depender dele, os atrasos salariais não vão mais acontecer a partir do ano que vem. “Estou acertando a situação, entendo a posição dos jogadores e treinador, mas estou tranquilo em relação a isso, de consciência do que estou fazendo e que preciso fazer. Não estou aqui para enrolar ninguém. O que eu posso afirmar é que a partir de 2016 essa situação nunca mais vai acontecer no Vila Nova”, finalizou.
