Os bastidores do Vila Nova voltaram a pegar fogo. No tarde da última sexta-feira, 6, o atacante Moisés acionou na Justiça Trabalhista uma ação, que segundo o jogador trata-se de uma “segurança” profissional. Clique aqui para entender melhor a situação. Por outro lado, o presidente Ecival Martins, que participou do programa Fanáticos, da Rádio 730, explicou que o time colorado não deve para o atleta e possui comprovação documental.
“Existiu um débito. Ele estava de férias e nós temos o costume de efetuar os pagamentos no clube. Estamos tranquilos, neste sábado aguardo o Moisés para conversamos. Entendo que ele esteja buscando o desligamento, é direito dele, mas conseguir isso é outra situação. Ele entrou na Justiça e isso será julgado, tendo o Vila Nova a oportunidade de se defender”, declarou o dirigente.
Ecival explicou ao repórter Rafael Bessa, da Rádio 730, que existe o interesse do Vila Nova de valorizar o jogador, no entanto, isso só acontecerá se o próprio atleta demonstrar intenção de permanecer no clube. O mandatário colorado fez questão de comentar que Moisés já declarou, em mais de uma oportunidade, esse desejo.
“Precisamos de pessoas focadas, que acreditem no nosso projeto. Se ele não quiser continuar não podemos fazer nada, vamos defender os interesses do clube. Pode até faltar dinheiro, mas se existe algo que não falta no Vila Nova é respeito com os profissionais. Desde o funcionário mais simples ao jogador mais importante”, observou Ecival.
Um dos pedidos de Moisés, na ação judicial, foi assinatura da carteira profissional. Segundo o atleta, desde sua contratação não houve essa regulamentação. Contudo, este fato ainda será averiguado pela diretoria colorada. “Não tenha essa informação. Ele possui um contrato, mas vou verificar com o departamento pessoal essa alegação”, disse o dirigente.
Mais seriedade, por favor
Em 2016, Moisés foi artilheiro do Tigrão na Série B. Ao todo, foram nove gols marcados em 20 jogos disputados. Só isso bastou para surgir o interesse de alguns clubes, dentre eles o Ceará, que teria realizado uma “proposta absurda” pelo passe do atleta, mas recusada pela direção colorada. A ressalva, no entanto, é que, segundo Ecival, o clube nordestino não procurou primeiro o time goiano.
“O Ceará sendo um clube de futebol deveria ser elegante nesse tipo de situação, pelo fato de não ter nos procurar. Eles sabem que o Moisés possui contrato, mas estão aliciando o jogador com propostas em cima de propostas. Quando (o Ceará) comentou conosco sobre valores foi algo absurdo, que chega a ser uma ofensa para nós. Penso que no futebol falta seriedade, isso é uma forma desonesta de negociação. Por que não senta com a diretoria? Amanhã pode ser que aconteça com eles. O Vila Nova e sua torcida precisam ser respeitados”, concluiu Ecival.