Eduardo Barbosa acabou se tornando um zangão que morreu afogado no mel. Um jovem demonstrando muita vontade e sonhos em comandar o clube de seu coração. Começou errando, quando disse que tinha R$ 200 mil de patrocínio garantidos e não tinha nenhum centavo. Disse que não trabalharia com Jair Rabelo e no mesmo dia o anunciou como seu diretor de futebol.

Como agente de jogador, disse que deixaria esta atividade, entretanto, continuou por um bom tempo agenciando atletas. Um exemplo nesse sentido é o jovem atacante Daniel, vindo do Morrinhos, que disse na Radio 730 que quem era seu empresário era o Eduardo Barbosa. Aí fica a pergunta, quando o Eduardo deixou de ser empresário de jogador?

Com as dificuldades financeiras, os problemas começaram a aparecer e, paralelamente, os empresários também apareceram na Toca do Tigre. Aliás, alguns dando plantão no Clube para negociar algum jovem atleta do Vila Nova, já que o desespero financeiro gera negócios precipitados e os espertalhões ganham dinheiro. Tais agentes estavam de olho pra tirar jogador quase de graça. John Lennon foi por R$ 300 mil. Rondinelli pode sair também.

Com atitudes difíceis de serem explicadas, sobretudo as financeiras, Barbosa foi se desgastando com o presidente do Conselho Deliberativo, o seu aliado e pessoa decisiva na sua eleição: Paulo Miguel Diniz. Com a confiança totalmente atingida junto ao Conselho que o enquadrou para não vender, comprar, emprestar ou pegar emprestado qualquer jogador, o presidente se viu asfixiado e sem condição de administrar o Clube e Diniz rompeu com ele.

De modo que Eduardo Barbosa deve ser destituído da presidência do Vila Nova pelo Conselho Deliberativo e, consequentemente seu sonho se tornando um pesadelo. Um período curto de administração que não conseguiu imprimir sua marca ,a não ser muitas confusões, uma atrás da outra. Um triste fim de carreira para um jovem que acreditava tanto no seu potencial.