O presidente da Metrobus Transporte Coletivo S/A e presidente nacional do Partido Humanista da Solidariedade (PHS), Eduardo Machado, em entrevista à Rádio 730 na manhã desta quarta-feira (16), além de falar sobre a atual situação da empresa de ônibus e das pretensões para a implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), comentou sobre a atual crise econômica vivida no país e a possibilidade de impeachment da Presidente da República Dilma Rousseff.
Machado destacou a importância da empresa e do Eixo-Anhanguera para a mobilidade urbana de Goiânia, e tratou também da necessidade do VLT que, segundo ele, poderá trazer maior agilidade aos passageiros. Atualmente, o serviço prestado pelos ônibus articulados ao longo da avenida atende aproximadamente 300 mil passageiros por dia.
Ouça a entrevista na íntegra: {mp3}stories/2015/setembro/EDUARDO_MACHADO_16set{/mp3}
“A Metrobus está passando por um bom momento, somos a única empresa estatal de transporte coletivo do país. O passageiro do Eixo-Anhanguera não espera mais que dois minutos na plataforma e paga por isso a menor tarifa do Brasil. Mesmo assim, o VLT será interessante porque trará mais modernidade e dará uma nova cara a Goiânia. O tempo entre as estações também deverá diminuir e será ainda mais benéfico para o usuário”, comenta o presidente.
A respeito da crise econômica pela qual passa o país, o líder partidário disse que o momento é muito delicado, e que o brasileiro foi atingido também por uma crise psicológica. Ele relata que até mesmo entre as famílias classe média-alta, com um poder aquisitivo mais estável, estão gastando menos e parando de consumir.
“Em conversa com o economista Armínio Fraga, ele me disse que o Brasil vive uma situação tão drástica quanto a da Grécia, e que só conseguiríamos sair da crise daqui a 15 anos, ou seja, somente em 2030. É preciso paciência, pois nem a base governista tem forças para votar novos projetos para melhorar a economia, e que quem tem votos de confiança hoje é o Vice-Presidente da República Michel Temer, inclusive da oposição”, explica Machado.
O presidente do PHS finalizou a sua participação comentando sobre um possível processo de impeachment da Presidente da República. Segundo ele, os rumores ouvidos no Congresso Nacional levar a crer que ela pode mesmo ser destituída. Ele opinou também sobre o último levantamento feito por um jornal de São Paulo, de circulação nacional, em que cerca de 280 deputados federais aprovam a saída de Dilma.
“Embora nosso partido tenha inicialmente uma posição contrária a esse processo, tudo ruma para que o impeachment aconteça. Hoje, 280 deputados federais assumem publicamente serem a favor da destituição. Mas, em uma votação aberta que fatalmente seria trasmitida para todo o Brasil, esse número pode facilmente subir para mais de 400 votos”, conclui Machado, que reconhece a baixa aceitação à gestão da petista.