O foco do quadro Saúde do programa Cidadania em Destaque desta segunda-feira (17) foi a fonoaudiologia. Teste da linguinha, orelhinha, tratamentos em crianças com Síndrome de Down e Autismo. Estas são algumas das contribuições da especialidade, no diagnóstico e no tratamento de doenças durante o primeiro ciclo de vida.
E o efeito Cebolinha? A mania que muitas crianças têm de trocar o “r” pelo “l” não é nenhum ponto fora da curva em determinada fase da infância, e tem tratamento, como explica a fonoaudióloga do Centro Goiano de Reabilitação Neurofuncional, Paula Garcia.
“É uma troca muito comum, pois é um fonema que as crianças vão adquirir somente mais tarde. Nesta fase, os pais ficam muito preocupados por conta da fase do Cebolinha, mas é o normal até ele ter maturidade para adquirir todos os fonemas. Claro que, o quanto antes houver a intervenção certa de um profissional competente, mais fácil será esse aprendizado, mais tranquilo, sem muitos traumas para a criança e para a família”, afirma.
Embora tenha tratamento, a especialista recomenda que os pais tenham moderação na hora de corrigir ou demonstrar insatisfação, quando ocorre a troca das letrinhas. Paula Garcia alerta inclusive para situações de bullying na escola.
“Isso pode trazer outros problemas, como a timidez, em que a criança não quer conversar porque ela não consegue falar direito; os coleguinhas na escola fazem piadinhas e isso também atrapalha”, pondera.
A fonoaudióloga afirma que, antes mesmo da fala, em caso de problemas recorrentes até na alimentação, já deve ser procurada orientação de um profissional capacidade, para questões de prevenção.
“O bebê que não suga bem na mamadeira, que está engasgando muito ao se alimentar, isso tudo já são sinais de que algo não está legal na musculatura facial. Os pais têm que participar desse momento, porque, para o bebê, ele está falando, então os pais devem dar significado e importância àquele balbucio”, reforça.
Ouça a entrevista na íntegra
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