Da tradição à bagunça. Assim está o Vila Nova, que nesta terça-feira viveu mais um capítulo negro na sua história de glórias. Depois de demitir o técnico Darío Pereyra no domingo e o diretor de futebol Mauro Morishita na segunda-feira, a terça-feira reservou uma “rebelião” do grupo de jogadores contra a diretoria. Os atletas, que deveriam treinar para definir o time que enfrentaria a Aparecidense, não foram à campo, pediram uma reunião com a diretoria e ameaçam fazer greve geral, não entrando nessa quarta-feira, às 20h30, no Aníbal Batista de Toledo.
Tudo isso se deve, segundo informação do repórter Pedro Henrique Geninho, ao atraso do salário dos atletas, que completou 11 dias nesta terça-feira, já que a promessa era ter pago no dia 15. A reunião teve mais de uma hora de duração nas dependências do Onésio Brasileiro Alvarenga e contou com a presença do diretor financeiro, Rodrigo Nogueira, do diretor de patrimônio, Geso de Oliveira, e do presidente executivo Marcos Martinez, que chegou após longa negociação com um envelope amarelo.
Alguns jogadores sequer vestiam roupas de treino, como o zagueiro Neto Gaúcho. Após a reunião ter sido finalizada, os atletas se encaminharam para o treinamento no gramado do OBA com 1h30min do início programado. A imprensa foi solicitada a deixar as dependências do clube, para Hermógenes Neto, treinador interino, realizar um treino tático, mas logo depois a decisão foi revogada e a imprensa foi permitida.
O Vila vinha em sequência negativa no Goianão, venceu o Itumbiara na última quarta-feira, mas perdeu para o Atlético no sábado, na goleada por 4 a 1, completando quatro derrotas nos últimos cinco jogos. O time ocupa apenas a 6ª colocação, à três pontos da Aparecidense, adversária desta quarta-feira, e uma derrota deixa o Vila ainda mais distante das semifinais.