O veredor Elias Vaz (PSOL), que foi um dos autores do pedido de afastamento do vice-presidente da Câmara Municipal de Goiânia e corregedor da casa, Clécio Alves (PMDB), reforçou, em entrevista à RÁDIO 730, os motivos para a atitude.

Segundo ele, a presença de Clécio na função de corregedor da Câmara implica em importância dentro do Conselho de Ética, cargo que não poderia ocupar por ter sido punido pela comissão.

“Nós entendemos que foi um equívoco, porque a figura do vice-presidente da casa não é só o vice-presidente, porque o corregedor não é eleito. Quem que é o corregedor da Câmara Municipal de Goiânia, é o vice-presidente da Casa, é o que a lei diz”, explicou o vereador Elias Vaz. Clécio foi punido pelo Conselho de Ética a menos de 60 dias, e ainda responde processo de investigação no Ministério Público pelo uso de um carro oficial da Câmara por parte de seu filho.

“Uma pessoa que já sofreu sanção no Conselho de Ética, sofreu sanção nessa legisltaura, não poderia participar do Conselho de Ética. A função de corregedor é idêntica, ela inclusive pode, em determinados casos, presidir processos e inquéritos preliminares”, complementou Elias. Segundo o vereador do PSOl, a presença de Clécio no cargo copromete a Câmara dos Deputados.

“É um questionamento que parte da sociedade e que é correto e não pode continuar como corregedor da casa na situação em que ele está”, concluiu Elias. O presidente da Câmara, Iram Saraiva (PMDB), disse que ainda não foi informado oficialmente sobre o pedido de afastamento, mas que tomará as medidas cabíveis assim que for notificado.