Uma forte queda de braço foi vencida pelo Vila Nova nos tribunais, nesta segunda-feira. Na ação do ex-técnico Robélio Schneiger contra o clube, onde o treinador cobrava mais de R$1 milhão do ex-clube, o Vila conseguiu provar que o contrato do treinador era nulo e terá de pagar apenas R$10 mil da multa rescisória, mais alguns salários atrasados, férias e outros itens, que dá o total de R$165 mil. O vice-presidente e responsável pelo Departamento Jurídico do clube, Dr. Rodolfo Mota, explicou a situação.
“Nós já tínhamos adiantado em outra oportunidade que o contrato era nulo, de pleno direito, e o que a Justiça do Trabalho disse foi justamente isso. Falou que o que o Vila tem que pagar ao Robélio Schneiger é tão somente, as verbas trabalhistas rescisórias e uma multa de R$10 mil pelo rompimento, a rescisão do contrato. Por consequência, pela litigância de má fé do Robélio, ele também vai pagar uma multa de 1% em favor do Vila Nova. O Vila só terá de pagar as verbas rescisórias, como já adiantávamos”
Robélio cobrava, exatamente, R$1,25 milhão, que corresponderia à rescisão de contrato, multa, salários atrasados, férias, 13º salário e as parcelas do FGTS, e no ano passado, em uma audiência em outubro, o Vila ofereceu R$15 mil, mas o treinador recusou fazer o acordo. O contrato nulo é uma renovação do Cavalinho com a assinatura de Eduardo Barbosa, ex-presidente do Vila, mas foi contestado por não ter sido feito no Onésio Brasileiro Alvarengas. Rodolfo Mota reconhece que existe possibilidade de recurso, mas confia na decisão.
“Nós entendemos que o Vila obteve êxito total, integral, de 100%, já que terá de pagar somente aquilo que contratou em relação ao Robélio Schneiger. Não tem nenhuma daquelas multas que estava sendo estipuladas, como multa de R$500 mil, direito à percepção do salário todos atrasados, nada disso. Cabe recurso, mas pela forma como ficou redigido a sentença e por tudo que já vimos, nós não acreditamos que tenha alguma mudança”