O técnico Hélio dos Anjos foi apresentado na manhã desta segunda-feira (18), no CT Edmo Pinheiro. O treinador foi anunciado como novo comandante esmeraldino na noite do último sábado e realizou seu primeiro trabalho com o grupo nesta manhã.O técnico Hélio dos Anjos foi apresentado na manhã desta segunda-feira (18), no CT Edmo Pinheiro.
O treinador foi anunciado como novo comandante esmeraldino na noite do último sábado e realizou seu primeiro trabalho com o grupo nesta manhã.Esta será a sexta passagem de Hélio dos Anjos pelo Goiás. O treinador chega em um momento delicado do time. O alviverde é o 17ª colocado com 25 pontos na tabela.
Com um discurso de “tirar da zona de conforto” todos que estão envolvidos com a instituição Goiás, e não apenas os jogadores, Hélio concedeu sua primeira coletiva.Confira abaixo a entrevista completa:
O que pretende fazer para mudar a reação dos jogadores em campo?
Tirar o futebol do clube da zona de conforto, isso não quer dizer somente os jogadores. É o estafe, todas as pessoas que estão envolvidas. O futebol do Goiás passou um ano na zona de conforto. Qual foi a última comemoração do Goiás? Foi um título goiano. Quem está lembrando disso mais. Nós temos que tirar o futebol do Goiás da zona de conforto. Isso é fundamental. Os jogadores têm que entender que a grandeza do Goiás está acima de todos nós. Não adianta a pessoa achar que tem um contrato garantido. Nós temos que tirar o futebol do Goiás da zona de conforto. A zona de conforto traz problema por que o reflexo acontece dentro de campo. Nós temos que oferecer para os jogadores uma condição de sair. Nós também temos que nos questionar para saber o que fizemos para os jogadores. Conversei com 39 jogadores, quem não quiser me procura. São dois meses que temos que dar tudo que podemos para o Goiás. Esse momento do Goiás vem de um certo tempo que chama zona de conforto.
Como você vê a volta da torcida logo na sua estreia?
Foi a melhor notícia que eu tive ontem. Foi quando me lembraram que a nossa torcida vai ter uma oportunidade de estar presente. Já fui questionado no estado de Goiás sobre o meu bairrismo e hoje todo mundo pensa diferente. É um pedido de um profissional que acima de tudo respeitou e considerou o futebol goiano. Precisamos da nossa torcida. É ruim para todo mundo. Ninguém está pedindo elogios, nós estamos pedindo a presença e o espirito vencedor que a torcida tem. A presença do público nesse jogo contra o Paysandu vai ser decisiva. Temos que trazer o torcedor com resultado. Peço ao torcedor que nos dê esse credito.
O que você espera da sua 6ª passagem pelo Goiás?
Espero que resolver o problema de imediato do Goiás. Nós discutimos com o clube aqui em Goiânia, não discuti por telefone e nem apressadamente. Vivo o Goiás e o futebol. Sei dos problemas e o problema principal é a tabela de classificação. Hoje o Goiás está na terceira divisão se o campeonato terminasse hoje e essa não é a realidade da institucionalidade, pela grandeza e sua torcida. Esse é o meu principal problema. Tenho que resolve juntamente com o clube o problema atual, que é a péssima colocação que nós estamos.
O que você terá de diferente dos outros técnicos que passaram pelo Goiás?
Eu tenho a minha característica de trabalho. Tenho o meu jeito de ser e um currículo adquirido com mais de 30 anos de profissão. Tenho ao meu favor o ambiente, um clube maravilhoso e os meus amigos, quero fazer que fique ao meu favor os jogadores e principalmente a torcida, que está chateada devido ao nosso comportamento. Espero implantar dentro das condições normais hoje aquilo que eu penso que é o melhor para o Goiás. Se o melhor para o Goiás for ser um time de estrutura tática totalmente diferente do que foi até agora, vai ser. Já consegui resultados na minha carreira sendo defensivo e ofensivo. Nós temos que criar uma identidade de equipe. Na minha visão não tem essa identidade e isso traz reflexo dentro de campo.
Como se sente retornando ao Goiás?
Eu sempre me emociono quando sento nessa cadeira. Desta vez cheguei no sábado e encontrei com as pessoas. Encontrei ontem novamente com o Marcelo e com o seu Hailé, passamos a manha inteira no CT. Então eu relaxei um pouco, mas a emoção é a mesma, por que eu gosto daqui e desses clubes. O Goiás não tem dívida nenhuma comigo. Tudo que ofereci para o Goiás ele me deu de retorno. O mínimo que posso fazer é trabalhar muito mais do que já trabalhei, para fazer o Goiás sair da sua pior fase.