Segundo Eliton, o governo tenta uma negociação com o banco suíço, CreditSuisse, para que fique responsável pela reestrutuação financeira da empresa. O presidente da Celg disse também que a operação poderá ser intermediada pela instituição financeira, e será divida em sete pontos, dentre eles está a dívida de R$ 2 bilhões do Estado com a Celg.
Embora tenha dito que o governo federal não é essencial na negociação, José Eliton explicou que, na nova modelagem, o crédito da companhia com o Estado seria negociado com a Eletrobrás por meio da emissão de títulos públicos. “Nós estamos construindo uma operação onde o tesouro do estado irá emitir contratos, ou títulos reconhecendo o que já fez em 2006 da dívida de 2 bilhões que ele tem com a Celg”, explicou Eliton.
“O Credit Suisse irá estruturar essa ação do ponto de vista legal. Nós vamos fazer uma exploração de 2 bilhões com relação à dívida que o governo do Estado tem com a Celg. Esses títulos serão utilizados para ir diretamente em negociação com a Eletrobrás. O modelo dessa negociação será formalmente desenvolvido entre a Eletrobrás e o tesouro estadual”, acrescentou o presidente da empresa.
Operação
José Eliton garantiu que a negociação não irá acarretar em um novo endividamento do Estado. “Na realidade o estado de Goiás estará trocando o seu credor. Está deixando de ter como credor a Celg, e passando a ter como Credor a Eletrobras, e a Celg, por sua vez, estará ficando adimplente com o setor elétrico e fazendo jus, fazendo ter direito ao reajuste tarifário”, esclareceu.
O vice-governador também destacou outro ponto na operação, que será a capitalização de R$ 500 milhões da empresa por meio do Estado com a amortização do pagamento de ICMS da Celg aos cofres públicos.
“Nós estamos discutindo que a Celg hoje já paga, a título de ICMS para o Estado de Goiás, algo em torno de 50% do que é devido, e é justamente por conta disso que a Celg deve em torno de 800 milhões de reais para o Estado de Goiás a título de ICMS”, revelou.
Durante a audiência, o presidente da Celg também comentou sobre a possibilidade de um aporte de R$ 400 milhões do banco Credit Suisse para que empresa busque se regularizar junto ao setor elétrico.