O ex-presidente da Câmara de Vereadores de Goiânia, Wladmir Garcêz, prestou depoimento à CPI do Cachoeira na Assembleia Legislativa na manhã desta terça-feira (26). Ao contrário do que fez na CPMI, no Congresso Nacional, Wladmir respondeu a todas as perguntas feitas pelos deputados. Na maioria delas, no entanto, disse não ter conhecimento sobre as questões.

De acordo com os relatórios da Polícia Federal, Garcêz teria trânsito livre no Palácio Pedro Ludovico e fazia reuniões mensais com o governador Marconi Perillo. O ex-vereador negou a influência junto ao governo. “Imagine chegar no Palácio com uma caixa em um lugar onde você é monitorado. Eu tinha acesso normal quando marcava reuniões. Tive umas duas, três vezes no máximo, nesse último governo”.

Um dos principais pontos do depoimento de Wladmir Garcêz foi quando ele denunciou uma relação de chantagem entre o jornalista Luiz Carlos Bordonir e Carlos Cachoeira. Ele confirmou a versão que foi revelada por Andressa Mendonça, mulher de Cachoeira.

“No meio do ano de 2011, o Carlinhos foi procurado por Bordoni. Inclusive não participei dessa reunião, onde ele fez um comentário comigo que o Bordoni ameaçou ele (relacionamento com Demóstenes). Todo mundo conhece a prática do Sr. Bordoni. É uma questão pessoal que eu não quero falar”, relatou.

Garcêz alegou que o valor de R$ 200 mil foi pago pelo bicheiro a Bordoni, por meio de dois depósitos na conta da filha do jornalista e um repasse em dinheiro. A versão contradiz o que alegou Bordoni, que tem depoimento marcado para esta quarta-feira (27) na CPMI do Cachoeira, em Brasília.

Em entrevista ao Portal G1, o jornalista Luis Carlos Bordoni, negou as afirmações de Garcêz. Ele diz refutar qualquer acusação, de qualquer nível e de qualquer pessoa em relação à sua moral.

Bordoni disse ainda que quer s encontrar com Wladimir Garcêz, com Carlos Cachoeira e sua mulher Andressa Mendonça e com o governador Marconi Perillo para resolver a situação.

Luis Carlos Bordoni confirmou que quer ser chamado para depor nessa CPI.