Em meio às contratações para reforçar o time para a temporada 2019, o Atlético vai se despedindo de alguns atletas que estiveram no elenco este ano. Após anunciar o acerto dos volantes Washington Santana e Moacir, e também do goleiro Maurício Kozlinski, o rubro-negro se despediu essa semana do zagueiro William Alves que acertou sua rescisão de contrato e negocia com o Mirassol para a disputa do Campeonato Paulista.
O atleta, que chegou ao Dragão no ano passado para a disputa da Série A, fez 44 partidas com a camisa rubro-negra, sendo que uma, inclusive, foi pelo time sub-23 no Campeonato Brasileiro de Aspirantes e marcou dois gols. Na sua despedida, em entrevista à Sagres 730, William fez um balanço de sua passagem pelo clube.
William Alves (Foto: Paulo Marcos/Ass ACCG)
“Fiquei um ano e meio no Atlético, foi um tempo bom. No começo me tornei titular, consegui dar uma boa sequência na Série A, mas infelizmente nesse segundo ano, as lesões acabaram atrapalhando a sequência e nós também não conseguimos nosso objetivo que era o acesso. Combinando isso tudo, acabei optando por buscar novos ares agora”.
Titular durante o Goianão 2018, William acabou perdendo espaço durante a Série B por conta de lesões no joelho. Para o atleta, o tempo no departamento médico impediu que o zagueiro seguisse no time principal durante a competição nacional.
“Até porque no começo do ano eu cheguei até a ser capitão da equipe, tinha um prestígio e depois com as lesões, sem conseguir dar um sequência e outros atletas começaram a se destacar e aí depois ficou difícil ter essa retomada. Infelizmente são coisas que acontecem com todo jogador, mas essa lesão já está curada e eu espero agora em 2019 ter uma sequência melhor pelos clubes que eu passar e ter uma temporada mais regular que em 2018”.
Confira abaixo a entrevista completa com o zagueiro William Alves:
Em 2017 você fez dupla com o Gilvan. Como foi esse período jogando a Série A?
“Foi muito bom, eu e o Gilvan acabamos encaixando ali aquele ano. Deu esperança de conseguir a manutenção na Série A, infelizmente ela não veio, mas conseguimos dar uma reagida que foi diferente do primeiro turno que o Atlético teve. Foi um momento especial, uma passagem boa e a gente fica com boas lembranças daquela época”.
Muitos acreditam que o Atlético não conseguiu acesso por conta do desempenho da defesa. Você, que muitas vezes acompanhou “de fora”, acredita que o sistema defensivo foi o ponto fraco do Atlético?
“Na verdade, faltou equilíbrio. Depois que tudo passa é fácil falar que um setor foi o responsável, mas os atacantes fizeram gols também porque a gente se expunha mais, era a ideia de jogo dos treinadores que a gente teve. Mas a rotatividade que teve na defesa, sempre trocando jogador talvez também tenha trago uma instabilidade e foi um ponto negativo da equipe. Espero que em 2019 possa ser diferente, os jogadores que ficaram tem qualidade para fazerem uma defesa forte no Atlético”.
Você deixa o Atlético com o sentimento de dever cumprido?
“Bom, eu pessoalmente sempre dei o meu melhor no Atlético, sempre procurei dar o máximo nos jogos e nos treinos. O melhor eu sei que eu dei, mas eu saio com o sentimento de que poderia ter ajudado mais se eu não tivesse sofrido as lesões durante o ano. Então eu saio um pouco frustrado com isso, de não estar 100% para ajudar o Atlético a conseguir o acesso porque estava muito nas nossas mãos, acho que todo o elenco saiu com esse sentimento de que era muito possível conquistar esse acesso e a gente acabou deixando escapar. Mas eu saio em paz, com a cabeça tranquila, porque sempre que estive 100%, dei o meu melhor no clube”.
Nós sabemos que jogadores conversam entre si e pedem recomendações quando vão trocar de time. Se um atleta chegar e te perguntar “William, devo aceitar a proposta do Atlético?”, o que você falaria?
“Com certeza eu falaria para ele ir de olho fechado porque é um clube que tem se estruturado muito, desde que cheguei sempre cumpriu com as obrigações e a estrutura sempre melhorando mais. O CT que o Atlético tem, poucos clubes do Brasil tem e agora também com o estádio próprio, os profissionais são qualificados, então eu só tenho boas referências para dar do Atlético. O jogador que receber uma proposta do Atlético terá todas as condições de desenvolver seu melhor potencial e junto com o clube conseguir coisas melhores na carreira”.
Por fim, depois de um ano e meio, o que você deseja falar para a torcida rubro-negra?
“Eu queria agradecer por este tempo juntos, dizer para eles continuarem apoiando o clube, os atletas porque esse ano o Atlético tem grandes chances de fazer um bom estadual e brigar pelo título que é o lugar que o clube merece e com certeza o Atlético vem forte para brigar por esse acesso para a Série A. Os jogadores dentro do clube sabem que a torcida é importante e quem sabe no final do ano possam estar comemorando esse acesso”.