Em Goiás, o verão é sempre acompanhado de muitas chuvas e, algumas vezes, com ventos fortes. As redes de energia do estado, durante este período, registram uma série de acidentes, que interrompem o abastecimento de eletricidade em diferentes regiões goianas. Em entrevista ao Sagres Sinal Aberto Almoço, o diretor de Operação e Manutenção da Enel Distribuição Goiás, José Januário, afirmou que cada cliente passa, em média, por ano, 17 horas com falta de energia em sua residência.
O diretor afirma que a situação hoje é de melhora e relatou que em 2015 esse tempo chegava a 40 horas anuais. Para José, a estrutura da rede elétrica de Goiás, que é aérea, deixa a região suscetível aos eventos climáticos.
O diretor da Enel Goiás explica que as chuvas no estado chegam a registrar ventos de até 70 km/h, enquanto os equipamentos da rede de energia eram feitos para ventos de até 40 km/h. “Acaba fazendo com que a rede, ela se torne mais frágil, e uma vez a rede mais frágil, isso acaba gerando interrupções”, conta.
Questionado sobre o abastecimento de energia na zona rural de Goiás, José Januário explicou que a Enel aumentou o quantitativo de equipes para atender a região, mas que ainda não foi possível abranger todo o estado. “Ano passado, nós operamos no início do verão com algo em torno de 700 turmas de emergência. Hoje nós estamos com 1.100 turmas”.
O diretor de Operação e Manutenção da Enel Distribuição Goiás relata que tem visto o número de ocorrências, onde os produtores passam mais de 24 horas sem energia, cair. Mas que na zona rural, a demora ocorre em função da complexidade dos acidentes que causam a interrupção ao fornecimento. Segundo ele, por exemplo, quando há uma queda de árvore sobre a rede, o serviço necessário engloba mão de obra para cortar e retirar a árvore, além do serviço de restauração da estrutura para a volta da energia.
Acompanhe a entrevista na íntegra, a partir dos 30:00