A oposição ao governo Marconi Perillo na Assembleia Legislativa estuda a possibilidade de apresentar pedido para a abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar a crise no setor de consignados. O deputado Mauro Rubem (PT) que participou de protesto em frente ao Palácio Pedro Ludovico Teixeira, defendeu a instalação da CPI e qualificou o sistema como uma grande “negociata”. “É muito grave, sério e mostra que o governo virou um balcão de negócios”, definiu.

O protesto, com a participação do deputado, foi motivado pela insatisfação com o atual sistema, administrado pela empresa WMG, e pela falta de informações quanto ao saldo devedor dos servidores que contraíram empréstimo consignado.

A corretora Divina Andrade Mota, mais conhecida como “Divininha do Consignado”, acrescenta que, uma das reivindicações ao governo é referente a redução do número de bancos que estão operando em Goiás com esse tipo de empréstimo. “A gente queria uma resposta. Vários bancos não estão operando”, protestou.

Ela reclama que o atual sistema não possibilita o acesso as informações dos servidores e não dá segurança.

O corretor Lázaro Leandro Duarte de Sousa também se queixa do atual sistema e lembra que o antigo, administrado pela Zetrasoft, tinha um custo menor para o servidor público. “Todos os bancos trabalhavam no Estado. A situação ficou complicada e agora não tem concorrência”.