Os problemas relacionados aos moradores de rua que vivem em Goiânia se tornaram mais evidentes a partir do mês de agosto, quando foi iniciado uma onda de mortes envolvendo este tipo de pessoas. De lá pra cá autoridades estaduais e municipais por diversas vezes se reuniram para discutir a resolução do tema. Novamente foi marcada uma reunião para tratar de problemas relacionados a moradores de rua e  ações que poderão ser desenvolvidas em conjunto.

O comandante do 1º Batalhão da PM, Major Eldecírio da Silva, destaca que para resolver os problemas nenhum órgão poderá agir sozinho já que se trata de um problema social. “A polícia militar é o órgão que menos pode agir. Nossas ações são para evitar que eles (os moradores de rua) se envolvam em ocorrências policiais, seja como vítima ou como infrator. O problema maior é essa questão social,” analisa.

A diretora de Proteção Especial da Secretaria Municipal de Assistência Social (SEMAS), Gardênia Lemos, argumenta que uma dificuldade para tirar os moradores de rua é quanto a legislação, já que nenhuma pessoa pode ser forçada a deixar espaços públicos. “A todo um poder de convencimento dos educadores sociais da necessidade do acolhimento. Como estar na rua não é crime, não podemos levar a força nenhuma pessoa,” justifica.

Durante a reunião foi apresentada uma informação de que cerca de 600 pessoas vivem nas ruas da capital e outras 400 estão em situação de rua.
O superintendente de Direitos Humanos da Secretaria de Segurança Pública, Edilson de Brito, argumenta que as ações envolvendo moradores de rua, não podem ser resumidas apenas na competência policial. “Cada vida daquela tem a sua história e carece de uma ação pública, que não é feita através de ações policialescas. São realizadas através de ações de assistência social, que envolve uma equipe multidisciplinar,” orienta.