Foto: Samuel Straioto
A Enel Distribuição Goiás afirma que foi “arbitrária” a decisão do governador Ronaldo Caiado de sancionar a Lei 20.416, publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) nesta quarta-feira (6), conforme a Rádio Sagres 730 revelou ontem (6) no programa Manhã Sagres. Esta lei altera as Leis nº 17.555, de 20 de janeiro de 2012, dispondo sobre a criação do Fundo de Aporte à Celg D (Funac) e a nº 19.473, de 3 de novembro de 2016, que instituiu a política estadual para manutenção, melhoria e ampliação da distribuição de energia elétrica no Estado de Goiás.
A empresa entende que a mudança “fere a segurança jurídica dos contratos e condições essenciais (FUNAC e crédito de ICMS) que fizeram parte do processo de privatização da Celg Distribuição e, com isso, a estabilidade do ambiente de investimentos em privatizações do País”.
Essa lei foi um dos projetos que o governador Ronaldo Caiado (DEM), enviou à Assembleia Legislativa durante o período de convocação extraordinário, em janeiro, e aprovado antes da posse dos novos deputados. O Funac é um fundo pelo qual o governo ressarce a Enel por todas as dívidas contraídas pela antiga Celg anteriormente a 2015. Pela nova lei, o Funac só vai reinstituir as dívidas contraídas até 24 de abril de 2012, data de federalização da Celg para a Eletrobras.
A Enel afirma, por meio de nota enviada à Sagres, que na ocasião da venda do controle acionário da Celg para as Centrais Elétricas Brasileiras S.A., foi criado em 2012 o Fundo de Aporte (FUNAC) com o objetivo de ressarcir a companhia de eventuais perdas com passivos contingentes, para viabilizar a federalização da distribuidora. “A partir de fevereiro de 2017, com a mudança do controle da companhia para Enel Brasil, como definido pela lei, os créditos do Funac tiverem a possibilidade, através da Lei 19.473/2016, de serem compensados por meio de incentivo tributário em crédito de ICMS em valor equivalente aos passivos de contingências administrativas e judiciais anteriores a 27 de janeiro de 2015. Tal medida foi condição constante do contrato de compra e venda para viabilização da privatização da Celg-D.”
A companhia informa ainda que adotará todas as medidas cabíveis para garantir a manutenção das condições e premissas estabelecidas em lei e no contrato de compra e venda no âmbito do leilão de privatização da Celg-Distribuição, garantidos pelo BNDES e pelo Governo Federal. Ontem, em entrevista à Rádio Sagres, o presidente da Fieg, Sandro Mabel, diz que a lei é uma “quebra de contratos”.
O governador se posicionou em seus perfis nas redes sociais. Confira a seguir.
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De abril de 2017 a abril de 2018, Goiás apresentou o maior aumento do País! Os relatos de quem mora no Interior são dramáticos. Turvânia acaba de ficar 3 dias inteiros sem energia! Em todo o estado, produtores de leite e de frango estão perdendo suas produções, pequenos comerciantes com seus produtos estragando, famílias tendo prejuízos com alimentos e eletrodomésticos. Como governador, é minha obrigação cobrar soluções para esse cenário inadmissível. O governo de Goiás não está quebrando contrato nenhum. Estamos protegendo o contribuinte goiano. É meu dever e não fugirei disso. #OrdemNaCasa</a></p> <p style=” color:#c9c8cd; font-family:Arial,sans-serif; font-size:14px; line-height:17px; margin-bottom:0; margin-top:8px; overflow:hidden; padding:8px 0 7px; text-align:center; text-overflow:ellipsis; white-space:nowrap;”>Uma publicação compartilhada por <a href=”https://www.instagram.com/ronaldocaiado/?utm_source=ig_embed&utm_medium=loading” style=” color:#c9c8cd; font-family:Arial,sans-serif; font-size:14px; font-style:normal; font-weight:normal; line-height:17px;” target=”_blank”> Ronaldo Caiado</a> (@ronaldocaiado) em <time style=” font-family:Arial,sans-serif; font-size:14px; line-height:17px;” datetime=”2019-02-07T11:49:01+00:00″>7 de Fev, 2019 às 3:49 PST</time></p></div></blockquote> <script async src=”//www.instagram.com/embed.js”></script>
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<blockquote class=”twitter-tweet” data-lang=”pt”><p lang=”pt” dir=”ltr”>É obrigação de um gestor público proteger o contribuinte. Não existe quebra de contrato com a Enel. Apenas seremos rigorosos na análise das dívidas apresentadas ao governo de Goiás. Isso é zelo com o dinheiro dos goianos. <a href=”https://twitter.com/hashtag/OrdemNaCasa?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw”>#OrdemNaCasa</a></p>— Ronaldo Caiado (@ronaldocaiado) <a href=”https://twitter.com/ronaldocaiado/status/1093470386451296257?ref_src=twsrc%5Etfw”>7 de fevereiro de 2019</a></blockquote>
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Atualizada às 15h24