A prefeitura de Goiânia buscou na Europa exemplos de mobilidade urbana e acessibilidade que podem ser implantados aqui na capital. Durante palestra nesta terça-feira (30), a presidente do Instituto de Cidades e Vilas com Mobilidade, localizado na cidade de Porto, em Portugal, Paula Teles, afirmou que Goiânia está entre as cidades brasileiras que precisam ter a acessibilidade revista.

“Há territórios públicos e privados, e que possuem barreiras arquitetônicas e urbanísticas que impedem as pessoas com mobilidade reduzida de se deslocarem. Pior que isso é a barreira psicológica, que são necessárias mudanças de cultura, e o Brasil em particular está muito atrasado nisso, e Goiânia é um caso desses”, revela.

De acordo com a presidente Paula Teles, é necessário um investimento em formação cultural e no espaço público, para que a sociedade lide de maneira correta com a mobilidade reduzida.

A secretária municipal para pessoas com deficiência, Cidinha Siqueira, relatou que a implantação do IPTU Verde pode incentivar a população a valorizar mais a mobilidade reduzida e a acessibilidade.

“A gente já tem tentado desenvolver um trabalho nesta questão de calçadas acessíveis, e em todos os eixos de Goiânia já vão ter as calçadas que a gente chama de calçada consciente, e agora nós vamos ter o IPTU Verde, que dá um desconto no IPTU para as pessoas que fizerem as calçadas corretamente. Um modelo de calçada que todos possam usar, e incentivar os moradores sobre a responsabilidade de cada um”, relata.