O presidente da Associação dos Centros de Formação de Condutores de Goiás (Ascefego), Marcos Traad, se encontrou nesta terça-feira (12) com representantes do Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN), para  discutir a elaboração de um novo cronograma de entrega dos simuladores de direção em Goiás.

A revisão na data do repasse dos equipamentos é justificada pelo fato das empresas credenciadas pelo DENATRAN não conseguirem atender a demanda de todo o país. Com exceção de  São Paulo, Mato Grosso do Sul, Alagoas e Rio Grande do Sul, os outros estados não conseguiram cumprir o prazo estabelecido pelo Departamento Nacional de Trânsito, que venceu em 01 de julho deste ano.

Em Goiás, mais de 200 simuladores constam como solicitados. Entretanto, apenas 20 foram entregues no estado e o restante ainda não chegou. Além do atraso, o presidente do Sindicato dos Donos dos Centros de Formação de Condutores de Goiás, Belchior Pires de Queiroz, afirma que o aparelho não atende as necessidades do condutor brasileiro. “O conteúdo pedagógico do simulador é muito falho no nosso ponto de vista, mas infelizmente a normativa foi criada pelo DENATRAN e eu acho que faltou um pouco discutir esse assunto, eu diria que tem interesses por trás.”

Ainda de acordo com Belchior Pires, existem vários questionamentos jurídicos sobre a legalidade da lei que obriga o uso dos simuladores. “Questionamos os contratos e a legalidade da lei porque o DENATRAN criou uma normativa que é incompatível com os contratos.”Os processos nas autoescolas ficaram em torno de 15% mais caros com o uso dos simuladores, o que compreende um aumento de R$ 250 reais para o aluno.

Quem já realizou a prova escrita e vai começar as práticas nos próximos dias não precisa fazer as aulas com o simulador. No entanto, segundo Belchior Pires, cinco simuladores começam a operar na capital na segunda-feira (18).