Lúcia Vânia foi entrevistada pelos jornalistas Marcelo Heleno, Vassil Oliveira e Marcos Cipriano nesta manhã. Entre outros assuntos ela falou sobre perspectivas para as Eleições 2010, dificuldades de estar na política sendo mulher      altLúcia Vânia foi entrevistada pelos jornalistas Marcelo Heleno, Vassil Oliveira e Marcos Cipriano nesta manhã. Entre outros assuntos ela falou sobre perspectivas para as Eleições 2010, dificuldades de estar na política sendo mulher. Leia.        Marcelo Heleno: A Sra. poderia reagrupar a base aliada em torno de seu nome e acabar sendo candidata ao governo do Estado?   Não existe a menor possibilidade dessa hipótese, uma vez que o candidato que se preparou para disputar a Eleição é o senador Marconi Perillo. Eu não tenho dúvidas de que o PSDB tem o candidato já definido. Na verdade, essas especulações são normais neste período de férias. Não tem muito assunto e as pessoas começam a especular assunto.   Entrevista com Lúcia Vânia; ouça segunda parte   Marcelo Heleno: A Sra. tem vontade de ser esse personagem?   Eu acho que esse período de disputar o governo do Estado já passou, já disputei uma vez. Na verdade, não se inventa um candidato. Ele tem que ser trabalhado ao longo do período. Eu não tive essa oportunidade e nem mesmo essa vontade, uma vez que nós temos um candidato competitivo, que é o senador Marconi Perillo.   Marcos Cipriano: As experiências de 94 e 2002 contribuem de alguma forma para que a Sra. descarte essa possibilidade?   altNão. Eu acho que todas as disputas são benéficas. Embora eu não tenha ganho a Eleição tive um resultado positivo. Na candidatura ao Estado, na época, eu era bastante jovem. Naquela ocasião, uma mulher disputar o governo de Goiás era um fato inédito, de ousadia, mesmo. Uma vez que não tínhamos atingido um nível de desenvolvimento como temos hoje. Foi uma disputa bonita. Fomos para o segundo turno, perdi por 200mil votos.   Vassil Oliveira: Com alianças e falta de conflitos, o que mais facilita com relação a sua candidatura?   Eu sempre digo que não é muito fácil para mim pleitear qualquer cargo dentro partido, uma vez que eu não participo da executiva local. Isso traz um certo desconforto para mim, sempre uma indagação à minha posição. Mas, de qualquer forma, eu acredito que muito mais pelo trabalho exercido no Senado da República é que eu tenho esse espaço conquistado. Porque, se depender de uma votação na executiva do partido, é sempre muito complicado.   Marcos Cipriano: Qual a análise que a Sra. faz dos candidatos?   Hoje [Marconi Perillo] é o candidato que está na linha de frente. Ele tem hoje um respaldo popular muito grande. Eu tenho acompanhado suas inserções pelo interior. E há uma vontade unânime dentro da base aliada no sentido de que ele venha a disputar o governo. A cúpula não tem a menor dúvida.         Marcelo Heleno: A Sra. acredita em uma frente comandada pelo PSDB, outra pelo PMDB e um outra pelo PP na disputa pelo governo do Estado?   Eu vejo esse quadro. Acho que temos duas hipóteses no caso de três candidatos, como você mencionou. Ou, na eventualidade de o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disputar a Eleição, eu acredito que o PP poderia apoiá-lo.   Marcelo Heleno: Aí seria um “frentão“ contra Marconi e o PSDB?   É. Eu acredito que isso pode acontecer. Não é uma coisa que simples, fácil, mas poderia ser uma opção.   Vassil Oliveira: O PSDB não está sabendo segurar o apoio ou é o PP que quer se distanciar?   Eu acho que essa dissidência se deu ao longo do tempo e acho que hoje eu acho que é difícil a gente saber quem começou essa dificuldade. Cada um tem seu ‘pecadinho’. Na verdade era natural que o PP, ao assumir o governo do Estado, se fortaleceria. Só não viu isso quem não quis. Não existe um governador que assume o governo e não fortaleça esse partido. O que temos que ver claro que é que ninguém é obrigado a apoiar ninguém. É uma coisa que se conquista. E cada partido tem direito de buscar seu candidato.