Durante participação no quadro “Sem Filtros” do programa Tom Maior, a médica Ana Paula destacou os perigos dos picos de estresse e sua influência direta em diferentes sistemas do corpo humano. A especialista explicou como o estresse, embora natural e necessário em pequenas doses, pode se tornar um grande vilão quando se torna crônico e descontrolado.
“O estresse é uma forma de adaptação do nosso corpo aos estímulos do ambiente. Ele é necessário, mas precisa estar sob controle”, explicou a doutora. Segundo ela, o corpo responde ao estresse ativando um circuito neurológico chamado de eixo hipotálamo-hipófise-adrenal. “É ele que libera adrenalina, preparando o organismo para o que chamamos de resposta de luta ou fuga”, detalhou.
O problema ocorre quando essa resposta se torna recorrente. “Esse excesso de adrenalina pode causar desde aumento da pressão arterial, infarto e AVC até problemas gástricos, como refluxo, além de tensão muscular, principalmente na região do pescoço e da cervical”, alertou.
A médica também apontou uma relação direta entre o estresse e doenças dermatológicas. “É muito comum o paciente chegar com lesões na pele e, ao conversarmos, percebermos que está passando por um momento difícil, seja financeiro, emocional ou profissional. Muitas vezes, nem precisamos de exames, porque o corpo já está contando a história”, afirmou Ana Paula.
Entre os sintomas dermatológicos citados estão a psoríase, alopécia (queda de cabelo) e urticárias. Os sintomas físicos do estresse são mãos e pés frios, boca seca, dor no estômago, sudorese excessiva, diarreia, tensão muscular, bruxismo, insônia, taquicardia e tontura, entre outros.
Além das manifestações físicas, os efeitos psicológicos também chamam a atenção. “Lapsos de memória, alteração do apetite, sensibilidade emocional exagerada, obsessão pelo problema e irritabilidade são alguns sinais comuns”, destacou a médica.
Ela também fez questão de diferenciar estresse e ansiedade, que muitas vezes são confundidos. “O estresse é uma resposta fisiológica do corpo a um desafio. Já a ansiedade, principalmente o transtorno de ansiedade generalizada, surge quando esse estresse se prolonga no tempo e não é tratado adequadamente”, explicou.
Ana Paula defendeu que, antes de recorrer a medicamentos, existem diversas estratégias não farmacológicas que podem ajudar no controle do estresse. “Exercícios de respiração, terapia cognitivo-comportamental, atividade física, alimentação saudável e terapias ocupacionais, como música, pintura e dança, são caminhos eficazes”, disse.
*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 03 – Saúde e Bem-Estar
Leia mais: