Foto: Isac Nóbrega/Secom

O ministro da Educação Abraham Weintraub cumpriu agenda em Goiânia nesta sexta-feira (8), em entrega de 214 ônibus escolares aos municípios goianos. Em discurso, o titular da Pasta destacou que os veículos foram adquiridos com dinheiro de imposto pago pelos contribuintes, e disse que o presidente fica “irado” quando fala em aumento da carga tributária. 

“Vocês querem ver o presidente bravo? Realmente possesso? Fala em aumentar imposto. Ele fica irado. Aumentar imposto é proibido. E como a gente vai fazer? A gente vai fazer mais por menos. O presidente falou ‘não roubar’, ‘buscar eficiência’, ‘priorizar o que é importante’”, afirma. 

Segundo o ministro, quem educa as crianças é família, e criticou o modo de ensino proposto por quem chamou de “vermelhinhos” depois da criação do Ministério da Educação na década de 60 durante o governo do presidente Getúlio Vargas, em 1930, com o nome Ministério dos Negócios da Educação e Saúde Pública. 

“A escola ensina a ler, a escrever, a fazer contas. Depois ensina uma profissão. Quem educa é a família. Esse negócio de Ministério da Educação começou com Getúlio Vargas, e caiu como uma luva para os vermelhinhos, porque os vermelhinhos querem dizer como a gente tem que educar os nossos filhos. E o filho é da família”, discursa. 

Por fim, o ministro criticou o fato de parte da população brasileira ainda necessitar de programas assistenciais de transferência de renda como o Bolsa Família, e atribuiu a necessidade ao analfabetismo. 

“Quem não sabe ler e escrever é um escravo. Uma pessoa que não consegue ler a bíblia não consegue nem contestar o líder religioso, não consegue aprender um ofício. Fica dependente de um bolsa-esmola a vida inteira e pode ser cortada por um demagogo que fala ‘ou vota em mim ou eu corto’. E a gente tem claramente fincado o compromisso de mudar essa realidade”, conclui.

Ao final do evento no estacionamento do Estádio Serra Dourada, nem o ministro e tampouco o presidente Jair Bolsonaro concederam entrevista à imprensa.