Uma pesquisa nacional realizada por iniciativa do Movimento pela Base apontou que oito a cada 10 professores perceberam efeitos positivos da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) no alinhamento de políticas educacionais. Em entrevista à Sagres, a coordenadora de inteligência de dados do Movimento pela Base, Deborah Kaufmann, afirmou que é preciso tempo para se atingir o alinhamento na educação, mas que está confiante com os avanços. “A gente está indo na direção de uma educação de maior qualidade com maior equidade”.

Assista a entrevista completa:

O estudo feito pelo Movimento pela Base tem o objetivo de entender como os professores veem o alinhamento das políticas educacionais para a implementação da BNCC. Segundo a coordenadora, são quatro pontos que precisam estar em harmonia para a execução da Base: “Conteúdo que os professores ensinam na sala de aula; formações continuadas que os docentes recebem; material didático que os profissionais utilizam; e as avaliações que chegam aos estudantes”.

Deborah destacou que oito a cada 10 professores verem esse alinhamento é um bom resultado, mas que isso não significa que já está tudo resolvido, pois destes oito, seis ainda veem um alinhamento parcial. “Isso é supernatural, afinal é um processo. Outros países que implementaram bases nacionais demoraram um pouco”, declarou.

Para conseguir alcançar o objetivo, além de paciência diante do tempo para uma implementação correta, Deborah também destacou outros pontos importantes. “Coordenação entre as pessoas, os diferentes atores, esforços desde nível nacional até o da sala de aula, e aí perpassa redes, escolas e é necessário que todo mundo tenha uma intencionalidade de se preocupar para que essas coisas estejam alinhadas”, disse a coordenadora, que pediu ainda um “olhar crítico”.

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