A cidade se colore e o fato é que os jovens voltaram a pegar gosto pelas caminhadas em protesto. Dias atrás foi contra o sucateamento da Universidade Estadual. Nesta quinta-feira, saíram às ruas combatendo o aumento da tarifa do transporte coletivo na Grande Goiânia e novamente em favor da UEG. As duas causas são nobres, mas o que alegra sobremaneira é ver a juventude retornar aos movimentos. Enquanto os jovens se mantiverem inconformados, poderemos confiar na evolução da humanidade.
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Não importa se protestam contra autoridades municipais, estaduais ou federais, do Legislativo, Executivo ou Judiciário. Ou contra os barões dos ônibus. Importa é ver a mocidade percorrer as principais vias gritando palavras de ordem. Isso é que é poesia para os ouvidos.
Não importa se a passeata tem 50 pessoas. Importa que cada rapaz e cada moça ali representam outros 30 mil goianos que não quiseram, não puderam ou não tiveram a coragem de ir à praça. É de dar medo mesmo, pois o governo incitou a polícia a agredir os manifestantes.
Não importa se, em plena época de redes sociais, parece ultrapassado percorrer o trecho entre o Liceu e o Palácio entoando frases feitas. Ainda é mais eficiente ficar em frente aos poderosos que ao computador. Importa é unir os dois expedientes, como têm feito os estudantes, promovendo a manifestação pelo Facebook e o Twitter.
Os aspones do governo podem até se fingir de mortos, até porque seu chefe mesmo nos estertores. Mas chegam, sim, ao 10º andar do Palácio; chegam, sim, aos ouvidos de Marconi as reclamações da juventude. Se ele finge que não sabe das manifestações, a Rádio 730 e o portal730.com.br se juntam aos estudantes e também gritam:
“Estudante, na rua – Marconi, a culpa é sua. Estudante, na rua – Marconi, a culpa é sua. Estudante, na rua – Marconi, a culpa é sua. Estudante, na rua – Marconi, a culpa é sua”.