O Inquérito Sorológico para identificar a Covid em crianças e adolescentes, realizado pela prefeitura de Goiânia em parceria com o governo de Goiás, mostrou que 12,3% das pessoas testadas tiveram contato com o vírus. De acordo com o estudo, a prevalência maior foi em crianças matriculadas no ensino infantil (14,4%), com idades entre 2 e 4 anos.

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A pesquisa foi realizada entre os dias 6 e 10 abril, em Goiânia, com 4.888 crianças, adolescentes entre 02 a 18 anos de idade de vários municípios de Goiás. Todos os testados não tinham sintomas da Covid. As amostras de sangue foram coletadas por meio de um furinho na ponta do dedo (punção digital). Além de identificar a prevalência da infecção pelo coronavírus, o inquérito nas crianças e adolescentes descreveu as características sociais, demográficas e epidemiológicas dos participantes.

Dos testes sorológicos realizados, 12,3% apresentaram anticorpo igG positivo para a Covid, o que indica que esse grupo teve contato com a doença em algum momento. A sorologia não diagnostica, especificamente, o vírus, mas sim a presença de anticorpos produzidos em decorrência do contato com a doença.

As crianças do ensino infantil, com idades entre 2 a 4 anos, apresentaram maior incidência do anticorpo IgG (14,4%). Em seguida, crianças do ensino fundamental (12,3%) e por último estudantes matriculados no ensino médio (9%).

Os testes sorológicos também verificaram a presenta do anticorpo classificado como IgM (imunoglobulinas de classe M). Esses anticorpos são os que aparecem primeiro, sendo relacionados a infecções recentes. Muitas vezes, sua presença sinaliza que o paciente está na primeira fase da doença, ou seja, ainda possui o vírus. Nessa classificação, 3,3% do público testado apresentou IgM positivo.

As crianças do Ensino Infantil demonstraram mais incidência desse anticorpo (4,5%), seguido dos estudantes do Ensino Médio (3,6%) e Ensino Fundamental (2,5%).