Que a educação faz bem desde cedo, não há dúvidas. Um festival quer mostrar que isso pode ser aplicado também nos cuidados com o meio ambiente. Diversos estudos apontam que quanto antes e quanto maior for o vínculo de uma criança com a natureza, mais ela tenderá, na vida adulta, a se preocupar com ela e a protegê-la. Por isso, o contato entre pequenos e adolescentes com esse tema é essencial para a sobrevivência deles próprios e do planeta.

O Festival Criança e Natureza 2021, que acontece entre os dias 17 e 19 de agosto (terça, quarta e quinta-feiras), online e gratuitamente, o Instituto Alana e o Sesc São Paulo, convidam o público a refletir e encontrar caminhos e soluções para garantir mais crianças na natureza e mais natureza para as crianças. Clique aqui para se inscrever

Um dos temas a serem discutidos é como incorporar o acesso à natureza e aos espaços de lazer ao ar livre como fator determinante de saúde na infância e adolescência. É o que propõe o coordenador do programa Criança e Natureza, do Instituto Alana, JP Amaral, em entrevista à Sagres TV nesta sexta-feira (13). Confira a entrevista no STM #331 a seguir

“Garantirmos acesso aos espaços ao ar livre para que as crianças possam fazer a sua melhor função no sentido do seu desenvolvimento integral, que é o brincar ao ar livre, se expressar e socializar, além do aprendizado ao ar livre em contato com a natureza”, afirma. “Isso vai resultar não apenas em uma geração de crianças alertas com a questão ambiental, mas também em toda a vida”, complementa.

De acordo com JP Amaral, para que essa interação aconteça, é preciso promover maneiras de proporcionar mais natureza às crianças. Um começo é a preservação e a rigidez nas leis ambientais.

JP Amaral no Sagres Em Tom Maior #331 (Foto: Sagres TV)

“A gente precisa preservar o meio ambiente como um todo com políticas mais severas para segurar o desmatamento, as queimadas, trocar os combustíveis e principalmente a dependência que a gente tem sobre os combustíveis fósseis”, afirma.

Para mostrar aos pequenos como a natureza tem sofrido com a ação humana, um dos painéis que serão apresentados no evento é “A saúde das crianças e do planeta são inseparáveis”. “Ela traz que nos últimos 50 anos aumentamos em três vezes a demanda de recursos naturais. Isso está implicando em uma crise gigantesca de recursos como a água. Precisamos harmonizar isso”, pontua.

Participantes do evento

Cristine Takuá – Educadora e artesã indígena, vive na aldeia do Rio Silveira. Nessa comunidade, é professora da Escola Estadual Indígena Txeru Ba’e Kuai’ e também auxilia nos trabalhos espirituais na casa de reza. É fundadora e conselheira do Instituto Maracá, e representante do núcleo de educação indígena, da Secretaria de Educação de São Paulo. É uma das fundadoras do Fórum de articulação dos professores indígenas do Estado de São Paulo (FAPISP).

Lis Leão – Graduada em Letras e Enfermagem. Especialista em Saúde Pública e Educação. Mestrado e Doutorado pela Universidade de São Paulo. Pós-doutorado pela Universidade de Estrasburgo (França). Pesquisadora e docente do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein. Líder do grupo de pesquisa e-Natureza: estudos interdisciplinares sobre conexão com a natureza, saúde e bem-estar (CNPq). Fotógrafa de vida selvagem.

Luiz Alberto Sabóia – Graduado em Administração de empresas, com especialização em Tecnologia da Informação, é mestre em Planejamento e Avaliação de Políticas Públicas pela Universidade Federal do Ceará e professor do Departamento de Pesquisa e Inovação da Universidade de Fortaleza. É presidente da Fundação de Ciência, Tecnologia e Inovação de Fortaleza (Citinova). Foi secretário executivo de Conservação e Serviços Públicos e coordenador de Ações Imediatas em Transporte e Trânsito de Fortaleza.

Txai Suruí – Graduanda de Direito pelo Centro Universitário São Lucas, é ativista do Povo Paiter Suruí e coordenadora do Movimento Juventude Indígena de Rondônia. Conselheira na Associação de Defesa Etnoambiental – Kanindé e suplente no Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente de Rondônia, além de Conselheira Global da Aliança Global “Amplificando Vozes pela Ação Climática Justa”, voluntária no Engajamundo e comunicadora Indígena.

Serviço
Festival Criança e Natureza 2021

Datas
17 de agosto, abertura das 19h às 20h30
18 de agosto, boas-vindas e painéis das 10h às 12h e 13h30 às 15h
19 de agosto, das 10h às 11h30 e 13h30 às 15h

Onde assistir: Canal do Youtube do Sesc Santana + canal do Youtube do Instituto Alana

O evento é gratuito, com certificado para os participantes, tradução em libras e legendagem em tempo real.

Para mais informações e inscrições, clique aqui.

Sobre o Instituto Alana
Instituto Alana é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, que aposta em programas que buscam a garantia de condições para a vivência plena da infância. Criado em 1994, é mantido pelos rendimentos de um fundo patrimonial desde 2013. Tem como missão “honrar a criança”.

Sobre o Sesc São Paulo
Mantido pelos empresários do comércio de bens, turismo e serviços, o Sesc – Serviço Social do Comércio é uma entidade privada que tem como objetivo proporcionar o bem-estar e a qualidade de vida aos trabalhadores desse setor e suas famílias. Sua base conceitual é a Carta da Paz Social e sua ação é fruto de um sólido projeto cultural e educativo que trouxe, desde a criação pelo empresariado do comércio e serviços, em 1946, a marca da inovação e da transformação social.