O juiz Ricardo Prata acatou pedido da promotora de Justiça Marlene Nunes Freitas Buenos, e  decretou o bloqueio de bens do ex-presidente da Metrobus Transporte Coletivo S/A, Francisco Antônio de Carvalho Gedda, no valor de R$ 140.856,11. A restrição visa a garantir o ressarcimento do prejuízo causado à empresa, em razão de atos de improbidade cometidos pelo ex-gestor, segundo o Ministério Público de Goiás (MP-GO).

Ainda segundo o órgão, a ação demonstra que, entre 2007 e 2009, houve desvios de recursos públicos no abastecimento da frota de veículos da Presidência da Metrobus para a campanha de Gedda ao cargo de deputado estadual pelo PTN. A promotora de Justiça relata que uma auditoria governamental realizada na empresa constatou irregularidades quanto a esses veículos, tais como desconformidade na emissão de ordens de tráfego, falta de identificação com nome e marca da empresa nos veículos e ausência de anotação da quilometragem nas notas de abastecimento de combustível, registrando ainda desvio de finalidade no uso exclusivo da Presidência.

O estudo demonstra ainda o uso dos carros da empresa para fins particulares. Os velocímetros dos veículos registraram quilometragem considerada exorbitante, fatos confirmados em declarações prestadas ao MP. Gedda realizou diversas viagens com finalidade política enquanto exercia os cargos de presidente da Metrobus e também do Partido Trabalhista Nacional (PTN).

Conforme destaca Marlene Nunes, o Eixo Anhanguera, sob gerenciamento da Metrobus, opera na Região Metropolitana de Goiânia, razão pela qual não há justificativa para excessivo número de deslocamentos realizados por veículos da empresa para cidades do interior. “O único objetivo do ex-presidente era realizar encontros políticos para viabilizar sua campanha, no ano de 2010, na disputa ao cargo de deputado estadual”, afirma a promotora.

A reportagem do Portal 730 não conseguiu contato com a assessoria do ex-presidente da Metrobus, até esta publicação.