O engenheiro Paulo Vieira de Souza, ex-diretor da empresa rodoviária do governo de São Paulo (Dersa), disse na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira que nunca atuou na área financeira de campanha política de nenhum candidato.
Disse também que nunca foi procurado por empresas para pedir doações e nunca as procurou com essa finalidade.
Paulo Souza foi questoionado pelo relator, deputado Odair Cunha (PT-MG), sobre matéria da revista IstoÉ, segundo a qual parte do aditivo de R$ 264 milhões do Rodoanel de São Paulo seria desviada para campanhas do PSDB.
Ele respondeu que move hoje sete processos criminais e nove por danos morais (dos quais já ganhou cinco em segunda instância), dois deles contra a revista IstoÉ.
Acusação
Paulo Souza é acusado de atuar junto ao Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (Dnit) em 2010 em busca de dinheiro para campanhas do PSDB – de José Serra à Presidência da República e de Geraldo Alckmin ao governo de São Paulo.
Ele foi convocado por requerimento do deputado Dr. Rosinha (PT-PR). O deputado citou também que o Ministério Público de São Paulo abriu investigação para apurar indícios de superfaturamento de obras na marginal Tietê pelo consórcio Nova Tietê, da qual a Delta Construções faz parte. Diz ainda que Paulo Preto foi um dos responsáveis pela contratação do consórcio Nova Tietê.
As acusações contra Paulo Souza, publicadas nos últimos meses pela imprensa, foram esvaziadas nesta terça-feira (28) pelo ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) Luiz Antônio Pagot. Ele confirmou que Paulo Preto o procurou para que assinasse um aditivo de R$ 264 milhões para a conclusão do trecho sul do Rodoanel de São Paulo, mas negou ter dito que parte desse dinheiro seria desviada para as campanhas eleitorais. Segundo Pagot, a informação sobre o desvio não passou de uma “conversa de bêbado em botequim”.
Da Agência Câmara.