A secretária municipal de Defesa Social de Goiânia, Adriana Accorsi, foi ouvida na CPI da Segurança na Assembleia Legislativa. Ela fez um apelo para que se melhorasse a estrutura e condições de trabalho para que as Polícias consigam desempenhar as funções de forma adequada. Adriana entregou aos parlamentares que integram a comissão, um conjunto de sugestões para o desenvolvimento da segurança pública no estado. Ela também entregou um documento contendo informações sobre crimes ocorridos no estado.
Enquanto Superintendente de Direitos Humanos, Adriana Accorsi, presidiu uma comissão que procurou investigar vítimas de desaparecimento. Ela relata as conclusões do trabalho feito e que poderão ajudar nos resultados da CPI. “Uma situação no Estado de Goiás muito chocante para todos nós, pois foi logo em seguida a operação sexto mandamento. Foi colocado para a sociedade que muitos já sabiam, como a comissão de direitos humanos da Assembleia, mas que muita gente não tinha conhecimento, que nós tínhamos dezenas de pessoas desaparecidas após abordagens policiais,” lembra.
Accorsi cita que no início eram 19 casos suspeitos, mas que durante a investigação o número subiu para 36.
O relator da CPI, Marcos Martins, (PSDB) apontou preocupação quanto aos homicídios de moradores de rua. Ela descreve que a responsabilidade desta questão deve ser conjunta. “Essas são as observações que todos nós entendemos que temos que discutir. Agora isto vem de quando? Quem são os culpados?” pergunta.
Quanto a situação dos moradores de rua, Adriana Accorsi aponta que a Secretaria de Defesa Social de Goiânia iniciou ações efetivas. “Muito embora a nossa secretaria seja de defesa e não de assistência, nós estamos envolvidos na questão das pessoas em situação de rua. Nesse momento estamos realizando uma capacitação da Guarda Civil para atuar em conjunto com o Escritório de Rua para convidar essas pessoas para o tratamento,” diz.
Quanto à contribuição de Adriana Accorsi na comissão, o deputado Mauro Rubem (PT) destaca o que o depoimento poderá agregar na continuidade da CPI. “Esta ainda na hora da Assembleia de conduzir e propiciar sugestões e encaminhamentos aos Executivos, ao Judiciário e aos operadores de direito, medidas que permitam melhorar a segurança pública,” pede.