Após a deposição do presidente Mohamed Mursi na quarta-feira (3), a Irmandade Muçulmana do Egito anunciou que não participará de nenhuma negociação com as novas autoridades do país. De acordo com o grupo o “golpe de Estado foi contra a vontade do povo”.

“Anunciamos nossa rejeição categórica ao golpe de Estado contra o presidente eleito e a vontade do povo, e rejeitamos a participação em qualquer negociação com a nova autoridade”, disse o grupo em comunicado divulgado em sua página eletrônica.

Os islâmicos, liderados pela Irmandade Muçulmana, convocaram os egípcios para uma marcha contra o golpe militar que tirou o presidente Mohamed Mursi do cargo nesta sexta-feira (5).

Mursi preso
O ex-presidente do Egito, Mohamed Mursi, foi preso na madrugada desta quinta-feira (4). Ele está detido no prédio do ministério da Defesa. “Mursi foi separado de sua equipe e conduzido ao ministério da Defesa”, disse Gehad al-Haddad, membro da Irmandade Muçulmana, à agência AFP.

O exército egípcio confirmou pela manhã que, além de Mursi, toda a equipe presidencial foi deitada no clube da Guarda Republicana da presidência.

Entre os detidos estão Saad al-Katatni, chefe do Partido da Liberdade e Justiça (PLJ) –braço político da Irmandade Muçulmana– e Rached Bayoum, um dos dignitários religiosos do grupo.