A partir desta segunda-feira, dia 5, Gilson Kleina inicia seu trabalho à frente do Goiás. E logo na chegada ao aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia, o novo treinador esmeraldino concedeu entrevista exclusiva à Rádio 730.

“Dessa vez deu certo. Na situação que se encontra hoje o futebol, temos de avaliar várias situações. Hoje você vê a estrutura, muito elogiada por todos que passaram por aqui, e o investimento feito no Goiás,. Quando você chega em um clube como esse, você tem de desenvolver o trabalho. Temos de passar para os atletas que tem de ser um passo de cada vez, primeiro sair dessa situação incômoda para depois dar uma arrancada rumo ao acesso, que é nosso objetivo”.

Ouça a entrevista completa de Gilson Kleina:

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O técnico aproveitou para esclarecer o que aconteceu na agitada noite de sábado, quando pessoas ligadas ao Goiás confirmaram que havia acerto e, pouco depois, ressaltaram que a negociação tinha dado errado. Além disso, confirmou que a negociação foi concluída na madrugada de sábado para domingo.

“Quando começaram a me ligar, no sábado de tarde, eu estava em um evento da escola da minha filha e, quando cheguei em casa, para minha surpresa, teria de dar a resposta na mesma noite. A gente sabe que o futebol é dinâmico, mas quando você vem com um planejamento, com um projeto, as coisas não podem ser tão aceleradas, se não alguma coisa pode ficar equivocada. Uma coisa que aprendi com meu pai é que as coisas têm de acontecer quando são boas para os dois lados”.

Confira outros temas abordados na entrevista:

Olho no acesso

“Se você analisar bem a tabela, estamos em uma zona mais próxima do rebaixamento do que do acesso. Porém, estamos 11 pontos atrás do quarto colocado. Pela grandeza do Goiás, temos de fazer valer a camisa, a grandeza do Goiás e entrar para valer no campeonato. Sabemos que o físico, a logística são importantes, mas o comprometimento é a primeira coisa. Vejo que é um elenco qualificado tecnicamente, que precisa dar liga”.

Primeira semana de trabalho

A estreia de Kleina no Verdão será às 18h30 de sábado, contra o Ceará, quinto colocado, no Serra Dourada. E o comandante falou o que espera dessa primeira semana de trabalho na equipe alviverde.

“Espero que a gente faça algumas reuniões para conhecer todos os bastidores, funcionários, comissão técnica e os atletas. Poder conversar diretamente com as pessoas ligadas ao futebol, além de ver, na prática, como o Goiás vinha jogando e as variações que vinham acontecendo, para tentarmos extrair o melhor dos atletas. Nesse momento, precisamos de resultados e de fazer valer nossos domínios”.

Equilíbrio

“Primeiro temos de buscar um equilíbrio. O Goiás cria as ações, mas tem tomado muitos gols e temos de tentar estancar isso. Faz algum tempo que o Goiás não repete escalação e não se sabe a maneira, o padrão do Goiás e temos de definir como vai fazer. Tem muitos clubes de Série A que não tem um setor com Cléo, Marcão, Léo Gamalho e Walter, um meio com Léo Lima, Daniel (Carvalho) e Léo Sena”.

Comprometimento

“É importante conversar com os profissionais que estão diretamente ligados ao campo e sentir o comprometimento de cada atleta. Se a gente tem a técnica, já é um grande passo, mas tem de estar comprometido com o sistema tático, o físico e, principalmente, com o mental. Um treinador ou jogador que vem para uma equipe de ponta, de pressão, tem de entender isso, para que o sacrifício seja recompensado no final do ano”.

“O trabalho é árduo, mas vamos arregaçar as mangas e trabalhar. Estou com bastante disposição e espero corresponder as expectativas da diretoria, da torcida e da imprensa”.