O Vila Nova novamente vive momento conturbado nos bastidores. Após a renúncia de Gutemberg Veronez, o clima de novas eleições tomam conta do colorado. Não bastasse a instabilidade de novas eleições e os salários atrasados, o técnico Guilherme Alves, em entrevista, alfinetou Geso Oliveira, diretor de patrimônio do clube.

Ecival Martins, presidente interino do clube até o dia 9 do próximo mês, falou sobre a situação atual do clube, minimizando o atrito gerado entre técnico e dirigente e defendeu Geso, dizendo que alguém mentiu para Guilherme Alves.

ATRITOS

“O Geso é uma pessoa que sempre ajudou o Vila Nova e continua ajudando. Eu tenho personalidade, o Geso jamais ia chegar para mim e falar uma situação dessa, até porque ele não é louco. De repente, a pessoa que passou isso para ele (Guilherme) foi maldosa em inventar essa situação, tenho certeza que ele não mentiu”.

“Eu entendo a situação dele (Guilherme Alves), ele blindou os jogadores. Tenho dito, o Vila deve muito a ele. Essa instabilidade culminou na renúncia, mas ela vinha acontecendo antes. Ontem, tenho certeza que foi um momento infeliz”.

“Numa situação dessa, surge conversa de todo lado, mas o Vila é composto por pessoas responsáveis e sérias, nós jamais vamos tomar qualquer medida para prejudicar A ou B e principalmente a instituição. Quero passar para a torcida que o Vila Nova que vamos passar por essa situação tranquilos”.

“O Geso é do bem, tem ajudado muito o Vila Nova. Quem passou essa situação par ao Guilherme, foi maldoso, aqui no Vila tem muito isso. O Guilherme é um homem muito equilibrado, mas chega um momento que o cara não dá conta. Eu entendo a situação, mas tenho que defender uma pessoa que tem uma folha de serviços prestados ao Vila Nova muito grande (Geso)”.

“É devido o dinheiro que o Geso recebeu pelas reformas do OBA, ele contratou funcionários. Aqui, muita gente assume responsabilidades em nome do clube. Há muitas coisas que temos que tomar cuidado, o Geso tem família, isso ofende pessoas. A gente não pode sair falando no microfone, porque isso ofende”.

SALÁRIOS

“Essa situação trouxe um desconforto, o atraso incomoda todo mundo. O grande problema que estamos vivend0o nem é o atraso, porque 6 dias de atraso no futebol é normal. O maior problema que estamos enfrentando é o problema político. Mas isso não é culpa do Ecival, do Balzacchi, do Pio”.

“Desde o momento que houve a renúncia do Guto, o Guilherme foi chamado e foi colocado para ele que ia haver esse atraso. Em momento algum estamos fugindo das nossas responsabilidades. Há uma situação política que tem nos criado dificuldade. Agora posso afirmar, categoricamente, que o Vila Nova é composto por homens sérios, todos nós vamos honrar os compromissos que temos”.

“Nós estamos devendo a premiação do jogo contra o Goiás. Nós pagamos a premiação do jogo contra o Oeste na semana passada, nós fizemos um bicho extra que foi pago antes do jogo contra o Avaí. Mas fico com dificuldade de escolher quem pagar. Nessa próxima semana, nós vamos conseguir resolver muita coisa”.

“Mesmo no olho de todo esse furacão, eu digo, o Vila é viável. Tudo o que foi feito financeiramente do dia 11 para cá, foi feito com criatividade. Nós precisamos resgatar o patrimônio do clube, precisamos criar mecanismos de controle para o presidente não fazer merda. O que vemos hoje é falta de controle”.

PATROCÍNIOS E INGRESSOS

“Eu determinei a suspensão do contrato com a empresa dos ingressos. O Vila Nova estava pagando quase dez vezes mais que os outros times. Até que a gente sente e coloque isso dentro de um valor plausível, está suspenso”.

“Em relação a Caixa, nós encontramos problemas sérios, há muitas lendas. Nem o presidente da república ajuda o Vila a tirar a certidão, o Vila precisa estar com toda sua documentação fiscal em dia, aí sim, nós podemos procurar um deputado para nos ajudar dessa forma. Estou buscando colocar a vida fiscal do Vila em dia. A Caixa não é para esse ano, mas sabemos que é um recurso para pagar todo nosso passivo”.

RESPONSABILIDADE DO CONSELHO

“Nós, conselheiros, temos que fazer mudanças radicais no estatuto, que impeça presidente de fazer o que foi feito no passado. O presidente tem que cumprir o orçamento, ele não pode mudar e deixar o clube na situação que está. Isso são medidas que tomaremos, o presidente não pode ter autonomia financeira”.“Seja eu ou seja o Murilo que sentar na cadeira de presidente, nenhum de nós vamos tomar medidas irresponsáveis para o Vila Nova. Nós amamos esse clube, tenho certeza que nada que for nocivo para o clube, nós vamos fazer. Mas a gente tem que passar pela eleição, isso cria uma certa insegurança para buscar recursos”.

PAZ NECESSÁRIA

“Tudo o que nós precisamos, além de dinheiro, é de paz. Não sou nenhum alucinado, sou um homem sério, de família, não estou aqui para fazer promessas, tenho certeza da viabilidade do clube. Precisamos de paz para passar por esse momento conturbado. Não há nenhuma possibilidade de o Vila ser o que foi no passado, o Vila é viável”.