Os colecionadores Martin León, que é argentino, os goianos Carlos Antônio Júnior, o “Dr. Carlão”, Leonardo Teófilo e o catarinense Marquinhos Pérola, foram recebidos nos estúdios da Sagres 730 (Foto: Charlie Pereira/Sagres On)
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Muito além das quatro linhas, apaixonados por futebol traduzem esse sentimento por meio das camisas de times. Um uniforme se transforma em símbolo do clube ou da seleção e provoca uma memória saudosa, de quem viu aquelas cores e desenhos desfilarem pelos gramados. Mais do que isso, os mantos contam a história de uma cidade, estado ou país. E é exatamente isso que a Exposição de Camisas de Futebol da Copa das Seleções Sul-Americanas e convidadas retrata. A mostra gratuita, realizada pelo grupo Camiseiros, acontece até 7 de julho, no Passeio das Águas Shopping, em Goiânia.
A ação contará com 23 camisas de seleções sul-americanas e convidadas.Várias camisas da Seleção Brasileira estarão expostas, incluindo a atual branca feita em comemoração aos 100 anos do primeiro título do Campeonato Sul-Americano do Brasil, em 1919, e duas amarelinhas, uma usada pelo ícone Ronaldo Fenômeno e outra utilizada e autografada pelo atacante Neymar Júnior.
Goianos
“É a forma que a gente tem de materializar a nossa paixão. Hoje temos um grupo muito forte aqui em Goiânia. Dentro da federação estão em torno de 15 federados. A cada encontro, como esse que vai acontecer no sábado (22), a gente ganha novos adeptos. Para ser colecionador não precisa ter um arsenal de camisas, não tem uma regra. A partir do momento em que ele tem duas ou três camisas, já posso falar que já é um colecionador”, afirma Leonardo Teófilo, que ostentou uma antiga camisa do Tigrão durante a entrevista.
Esta é a 46ª edição do evento. De acordo com o esmeraldino Carlos Antônio Júnior, o “Dr. Carlão”, o movimento cresce a cada ano. “Sempre alguém para, dá aquela olhada, vê aquela exposição, abre o olho, se identifica, vê, aí vai perguntar a história da camisa, nós contamos. Quer tirar uma foto, e aí vai contando para outro, vai ligando para parentes, amigos. A partir do ano passado a gente começou a ter troca, revenda de camisas, graças a Deus está crescendo cada vez mais. Chegou ao ponto de ano passado a gente ter a participação de 30 mil pessoas”, relembra.
Além dessas, outros destaques são as camisas dos carrascos Caniggia e Batistuta da Argentina, o manto da atual Seleção Paraguaia usada pelo goleiro Gatito Fernandes, que atualmente joga pelo Botafogo (RJ), o uniforme de Paolo Guerrero da Seleção Paraguaia e o raro manto utilizado pelo Qatar em um amistoso em 2015.
História
O catarinense de Florianópolis, Marquinhos Pérola, destaca a importância de se fazer amizades no meio do colecionismo. Ele vai apresentar ao público, entre outros, dois exemplares emblemáticos do futebol daquele estado: uma do Figueirense e outra do Avaí, ambas dos anos 80.
“São camisas que têm uma história bacana como nós que somos torcedores. São camisas dos anos 80 que os clubes compravam as camisas e colocavam o próprio escudo e utilizavam. O Avaí, de 78 a 86, usou Adidas. Já o Figueirense usou muito as marcas da região, em Blumenau, a própria Campeã que é de Joinville. São camisas lindas, o material é diferente. Eu digo que são camisas vivas, que era usadas várias vezes”, admira.
Paixão para poucos
No mercado, uma camisa oficial de clube custa, em média, R$ 250. O argentino Martin León, torcedor do River Plate, atual campeão da Taça Libertadores da América, diz que em seu país as originais são ainda mais caras.
“As camisas de times como River, Boca, Racing, o preço é R$ 300. é muito caro colecionar camisas na Argentina. E também é muito difícil diferenciar camisas que são de jogo das que são armadas. Na Argentina todas são de jogo. É muito raro acontecer, porque não há nenhuma camisa feita em loja, comercial”, afirma.
Mais atrações
Além da mostra, o Passeio das Águas Shopping sediará, no dia 22 de junho, o II Camiseiros – Encontro Internacional de Colecionadores de Camisa de Futebol, que contará com expositores de diversos estados brasileiros e do exterior, que durante todo o dia exibirão suas coleções e peças raríssimas. Entre os participantes estão os colecionadores goianos Leonardo Teófilo, Iuri Godinho, Carlos Júnior, o paulista Fábio Vilela, o catarinense Marquinhos Pérolas, o mineiro Igor Mattos, além do português Luis Gomes e o argentino Martin Léon.
Os mantos poderão ser conferidos de segunda a sábado, das 10h às 22h, e aos domingos e feriados, das 11h às 21h. A exposição estará montada em frente a loja Zara.
Ouça na íntegra a entrevista concedida pelos colecionadores ao jornalista Charlie Pereira.