Foto: Reprodução/Sagres TV 

Uma boa opção agora e especialmente nas férias que se aproximam. A Vila Cultural Cora Coralina, ao lado do Teatro Goiânia, está com a exposição Canteiro. São mais de 20 obras. Entre os trabalhos estão peças têxteis, fotografias, gravuras, desenhos, esculturas, videoperformances, colecionismo, colagem, stencil, entre outras linguagens. Com entrada gratuita, a exposição está aberta ao público todos os dias, inclusive aos finais de semana, das 9 às 17 horas.

A exposição é resultado de 30 dias de pesquias, estudos e muito trabalho. As peças foram confeccionadas durante a primeira residência artística realizada pela Vila cultural, em parceira com a Galeria Artera, com a poio da Universidade Federal de Goiás (UFG).

Os expositores são dez jovens artistas, estudantes da Faculdade de Artes Visuais (FAV), UFG. Para o coordenador e curador da Vila, Gilmar Camilo, a exposição é uma colheita do fruto dos trabalhos no Canteiro. “Essa experiência ultrapassou as expectativas. O desejo de criação desses artistas e o entusiasmo para mostrar ao olhar alheio trouxe fluidez”, compartilhou.

30 dias de muito trabalho

A residência artística durou mais de um mês, uma verdadeira imersão. Desde 31 de outubro, esses dez artistas ocuparam a sala Antônio Poteiro, na Vila Cultura Cora Coralina, onde montaram um ateliê aberto e coletivo, com a finalidade de executar seus projetos artísticos individuais, cada um com sua linguagem artística.

Os jovens artistas produziram suas obras convivendo entre si, diariamente, dividindo não apenas o espaço, mas as ideias, as técnicas e as críticas, e experimentando a interferência do público nas suas produções, durante as visitações e nas oficinas promovidas por eles para a comunidade.

obra artistica

Foto: Reprodução/Sagres TV

Para Gilmar Camilo, todas as obras dessa exposição carregam em si algo sobre a localização. “São obras muito distintas, entre si, mas todas as obras guardam em si um sentido de localização, de percurso e de pertencimento, além das questões pessoais, que cada um, em tom confessional, imprimiu no seu trabalho”, disse.

Camilo conta que a exposição traz para os artistas a oportunidade de experimentar e as possibilidades do fazer e do mostrar. Para o público, ela propicia o contato com uma geração muito jovem de artistas. “O entusiasmo marca a produção jovem. E esse é um mecanismo absolutamente necessário, diante das dificuldades que ocorrem com o artista”, afirmou Gilmar.

Canteiro traz a referência do canteiro de cultivo e do canteiro de obras. “No período de residência, as sementes foram lançadas e agora, na exposição, é o tempo da colheita do trabalho realizado em campo”, comemora Camilo. Daniela Marques, artista e sócia da Artera Galeria, uma das idealizadoras do projeto junto à Vila, afirma que no canteiro foi realizado um trabalho coletivo, cada um com a sua linguagem, mas sempre em diálogo e compartilhamento de ideias. “Hoje vemos o resultado das construções dessas obras”, afirma.

Cássia Nunes, responsável pelo setor educativo da Vila Cultural Cora Coralina, afirma que residências artísticas são importantes espaços de formação artística, por envolver incentivo a processos de pesquisa e possibilidades de acompanhamento crítico. “O Canteiro atende a um interesse da instituição em realizar projetos educativos voltados para jovens artistas, somando e fortalecendo iniciativas locais que envolvam a construção de espaços não formais de educação e formação artística, promovendo dinâmicas alternativas e complementares ao ambiente acadêmico” explicou. 

Confira a reportagem de Silas Santos  

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