O volante Fabinho concedeu na tarde desta terça-feira a primeira entrevista coletiva como jogador do Cruzeiro. O atleta vestiu a camisa celeste e contou ter abdicado de voltar ao futebol europeu após ser procurado pela diretoria celeste e projetou um período de conquistas para os dois anos de contrato, com opção de mais um, que terá pela frente.

Fabinho passou os últimos 12 meses emprestado ao Corinthians pelo Toulouse, da França, que detinha seus direitos federativos até o último domingo. Livre para negociar, pensou em retornar ao Velho Continente, mas acabou desistindo.

“Antes de surgir o interesse do Cruzeiro, o pensamento era de voltar para a Europa, até porque a gente tinha algumas coisas bem encaminhadas. Mas, quando você tem família, deve pensar em algumas coisas e o Clube me oferece tudo o que a Europa pode me dar em termos de estrutura e outras coisas também”, comentou.

Além do Cruzeiro, Fabinho foi procurado por outros clubes brasileiros, até mesmo depois de ser anunciado como o mais novo contratado do Clube, na noite de sábado. Nada foi capaz de abalar a convicção de quem queria vir à Toca da Raposa.

“Tive muitas sondagens de outros clubes. Até ontem (segunda-feira) na hora do almoço tinha gente me procurando, por tudo o que conquistei e o respeito profissional que obtive dentro de campo. Fico feliz por chegar a esse patamar de escolher onde quero trabalhar e com as pessoas que quero. Estou contente com a escolha que fiz”, relatou.

Fabinho quis vestir azul muito em função do antigo interesse do Clube em contratá-lo, que começou em 2003 e teve três investidas frustradas nos últimos seis anos. As referências que recebeu de amigos que passaram pela Toca da Raposa também foram as melhores.

“Eu tinha um sonho de jogar no Cruzeiro, até pelo interesse e tudo o que os companheiros de futebol falam da estrutura do Clube. Estou muito feliz e com grandes objetivos”, disse.

No atual elenco, são três os antigos colegas de Fabinho. O zagueiro Anderson e o volante Fabrício foram companheiros dele no Corinthians, de 2001 a 2004, e o atacante Wellington Paulista foi contemporâneo do volante no Santos, em 2006.

“Tem o Fabrício, o Anderson e o Wellington, no Santos. É sempre fácil trabalhar com jogadores com quem você já conquistou alguma coisa e conhece bem. Joguei com o Fabrício muito tempo, praticamente cinco anos. É um jogador que facilita muito o trabalho dentro de campo. Não vamos ter problema para trabalhar de novo”, observou.

Na segunda passagem pelo Coritnhians, Fabinho crê que concluiu as metas de conquistar a Série B do Campeonato Brasileiro 2008 e o Campeonato Paulista 2009. Já com o novo desafio em mente, ele treinou em separado por um período e por isso avalia que não terá condição de defender o time celeste contra o Internacional, domingo, no Mineirão.

“A vontade é grande, mas tem algumas coisas que atrapalham. Fiquei três semanas e meia parado, treinando praticamente sozinho, então perdi um pouco de ritmo. Mas em pouco tempo devo estar à disposição do treinador”, ponderou.

Por fim, Fabinho respondeu à inevitável pergunta sobre a transferência de Ramires para o Benfica, de Portugal. O atleta está com a Seleção Brasileira e participará do restante da campanha na Copa Santander Libertadores caso o time se classifique para a semifinal.

“Tem que ser dito que é difícil você segurar um jogador como o Ramires no futebol brasileiro. Ele cumpriu seu papel e hoje está alçando vôos internacionais. Mas são características diferentes, chego para compor o elenco, brigar por uma vaga de titular e ajudar o Cruzeiro a vencer. Aos poucos os torcedores vão entender que são funções diferentes”, comentou.

Fonte: Site Oficial do Cruzeiro