O deputado estadual Fábio Sousa (PSDB) assumiu a liderança do governo na Assembleia Legislativa na última semana. O parlamentar tem uma tarefa importante nos dois próximos anos, com reflexos diretos nas eleições de 2014: segurar o número máximo de colegas na base, mantendo aprovações tranquilas dos projetos do Poder Executivo na Casa.

Em entrevista à Rádio 730 nesta segunda-feira (18), Fábio não descartou perder aliados para a oposição, mas mesmo sem revelar nomes, disse que não acredita que alguns dos parlamentares aguardados pelos adversários irão realmente se posicionar contra a gestão do governador Marconi Perillo. O tucano explica as razões. “Tem alguns deputados que a oposição está contando com eles para este ano, que eu não acredito que mudaram de lado, até por uma dificuldade de partido, de projetos a serem levados às suas regiões e pelo interesse do governo tê-los em sua base,” avalia.

Para o tucano, a maneira mais fácil de o governo manter aliados na Assembleia é dando espaço a eles, permitindo que façam sugestões e dialogando com os deputados o que seria melhor para suas regiões, ou seja, um bom relacionamento entre o governo e sua base.

Ao comentar sobre o terceiro governo de Marconi Perillo, o deputado faz uso do discurso padrão da base governista. O tucano diz que o primeiro ano foi de muita dificuldade e que o segundo foi um pouco melhor, mas prejudicado por uma CPI que tinha como único objetivo atingir o governador goiano. Por fim, ele aposta que 2013 e 2014 serão anos para colher o que foi plantado na primeira metade do mandato.

PSDB
Nas últimas eleições municipais, Fábio Sousa tentou até o fim convencer os colegas que o partido deveria ter candidatura própria em Goiânia. Ele foi voto vencido e a legenda apoiou o candidato do PTB Jovair Arantes, que foi derrotado ainda no primeiro turno. O deputado opina que a sigla precisa estar presente nos embates da Capital. Ele lembra que os tucanos não concorrem à prefeitura goianiense desde 2000, quando foi representado por Lúcia Vânia.

Fábio não esconde seu desejo de que o PSDB realizasse prévias para a escolha de seus candidatos ao poder executivo. Ele vai além e aponta que o país precisa de uma legislação que obrigue os partidos a realizarem prévias, pois somente assim, dará oportunidades a novos nomes de concorrer a cargos como prefeito, governador e presidente.

Recursos contestados
Apelidados de 14º e 15º salários, os dois pagamentos extras que os deputados goianos receberiam no início e no final de cada ano, foram muito criticados pela sociedade goiana. Fábio se posiciona contrário ao recebimento. “Temos que ouvir o nosso patrão, que é o pouco, e fazer o que estão pedindo,” afirma o parlamentar.

O tucano garante que caso receba os dois pagamentos extras irá destiná-los para entidades filantrópicas que realizem trabalhos comprovadamente sérios.