Faleiros, Pedro Wilson e Elias Rassi merecem homenagens, não processos; ser imitados, não condenados

A cidade conhece Pedro Wilson Guimarães, Elias Rassi e Antônio Faleiros e o fato é a raridade de se encontrar na política gente correta como os três. Além da honestidade, mais um fio os une, uma corda no pescoço colocada por processos na Justiça. Dias atrás, a Rede Clube de Comunicação fez um tributo a Darci Accorsi e Iram Saraiva, pessoas de bem que enfrentam problemas de saúde. Pedro, Elias e Faleiros estão em outra trincheira, na defesa de suas biografias limpas, recheadas de trabalho e dedicação.

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Como política virou território de banditismo, não se entende o que esses cinco sujeitos honrados foram fazer em cargos públicos. Iram, infelizmente, se aposentou depois de exercer diversas funções, todas elas com inteligência e probidade. Darci e Pedro foram prefeitos de Goiânia e atualmente auxiliam seu sucessor Paulo Garcia. Nenhuma mácula deixaram em suas gestões. Elias foi duas vezes secretário de Saúde da Capital e Faleiros é, novamente, secretário de Saúde do Estado. Nesta quarta-feira, o Tribunal de Justiça acatou denúncia do Ministério Público contra Faleiros. O motivo é o mais prosaico: Faleiros cumpriu seu papel de médico, de secretário, de ser humano. O mesmo ocorreu com Pedro e Elias.

A dúvida sobre a honorabilidade do trio deve ser: o que gente séria quer sendo secretário de Saúde e prefeito? Faleiros, Elias e Pedro não fizeram rolo e isso assusta, precisa ser apurado em ação. As notícias e os comentários gerais não distinguem o que é roubo do que é salvação de vidas. Elias e Faleiros salvaram vidas, por isso podem ser condenados. Pedro nunca embolsou um tostão alheio. Mas estão colocados na vala dos corruptos. Se há um crime a lhes ser atribuído é o da burrice exacerbada. Afinal, na administração pública, os honestos são chamados de burros. O senso comum é que esse é o delito pelo qual os três merecem pena, o erro de quebrar a tradição e não roubar.

Os membros do Poder Judiciário haverão de reconsiderar. Gente como Pedro, Elias e Faleiros merece homenagens, não condenações. O íntegro ter de provar sua evidente inocência incentiva o bandido a se considerar certo e o honesto a se desviar. A mensagem deixada ao se processar gente como Elias, Faleiros e Pedro é a que atormentou Ruy Barbosa, a de a sociedade rir da honra e ter vergonha de seus honestos.