O técnico Luiz Felipe Scolari estava com um semblante um tanto aliviado após a vitória convincente da Seleção Brasileira por 4 a 1 contra Camarões. Se o primeiro tempo foi de tensão em alguns momentos, quando os africanos cresceram na partida, o segundo tempo foi bem melhor. De fato, a melhora aconteceu após a entrada de Fernandinho no lugar de Paulinho, e o treinador elogiou o volante do Manchester City, que pode pintar como titular.

“A entrada do Fernando foi boa, providencial, criou situação defensivas, ofensivas também e foi bem, por isso que ele tá trabalhando no dia a dia. Quando a gente coloca alguém é porque estamos observando. Tem uma frase que eu gosto que é “a natureza não dá saltos”. É devagar, e aquilo que estamos tentando vem no dia a dia, jogo a jogo. Mesmo com uma ou outra dificuldade, nós já melhoramos de novo em relação ao jogo com o México, e durante a semana creio que vamos melhorar mais um pouco para encarar o Chile, que é muito bom”

De qualquer forma, o treinador não quis adiantar nada no “calor do jogo” sobre uma mudança para começar o duelo contra o Chile, no sábado, às 13h, no Mineirão. Aliás, o adversário das oitavas de final não foi de agrado do treinador, que tem elogiado os chilenos desde que assumiu a Seleção Brasileira e não queria um confronto contra “La Roja” tão cedo.

“Jogamos contra o Chile duas vezes e eu vi as qualidades que eles tem e as dificuldades que nós enfrentamos contra eles. Vamos conversar com os jogadores para ganhar do Chile no sábado e dar mais um passo rumo ao objetivo. Mas, se eu pudesse escolher, teria escolhido outro adversário. Eu acho eles o mais difícil por se tratar de uma Seleção Sul-Americana, então catimba e qualidade, tudo isso o Chile tem”

Os dois jogos que Felipão se refere aconteceram no ano passado. Em Abril, a Seleção formada por jogadores apenas do Brasil ficou no empate por 2 a 2 com os chilenos no Mineirão, palco da partida de sábado. Já em Novembro, o Brasil venceu por 2 a 1, nos EUA. De qualquer forma, Felipão tem visto o grupo brasileiro se aproximando do ideal e destaca que todo cuidado é pouco na fase mata-mata.

“Nesta fase, nós poderíamos ter um tropeço, porque ganhando duas a gente classificaria. Na próxima fase, não dá pra ter tropeço, vamos ter que ter um postura bem equilibrada, bem pensada, porque as vezes é um jogo de só um gol e não podemos cometer tantos erros. É isso que vamos ter que trabalhar, tomar cuidado contra adversários perigosos”