A medida que se aproxima uma decisão, os nervos se afloram, a ansiedade toma conta e a expectativa só aumenta. Mas, nesse instante, entre o comandante da tropa, e no caso da Seleção Brasileira, ele é Luís Felipe Scolari, um gaúcho linha dura, mas que sabe dirigir uma família. O treinador explicou que nesses momentos que se aproxima a decisão é preciso trabalhar o lado psicológico e fazer os atletas acreditarem no próprio futebol.

“Existe a expectativa, a gente monta uma ideia da equipe adversaria, dependendo do grupo a gente tenta tirar a pressão. O que a gente tem feito nesse momento é mostrar o potencial do Chile e também mostrar o tamanho do nosso potencial, mostrar como a gente pode conseguir a vitória. Esses jogadores não precisam provar mais nada pra ninguém, eles foram escolhidos pelo treinador para estar aqui e devem estar tranquilos para mostrar o melhor futebol”

Tranquilidade que algumas peças não tiveram durante a semana, já que parecem estar perdendo espaço no time. Paulinho, por exemplo, foi criticado nos primeiros jogos e deve perder espaço para Fernandinho. Outro que pode ser sacado é Daniel Alves, que pode ceder a vaga para Maicon ou alguma outra surpresa do treinador, que não quis adiantar nada sobre a lateral direita.

“Já tá resolvido, joga um deles, nós vamos jogar com 11, pode acreditar. Maicon, Daniel Alves, David Luis, até mesmo o Ramires pode jogar de lateral, quem sabe. É algo que já tá decidido, vai chegar na hora e todos vão ver. Eu não vou passar nada antecipado, mesmo porque temos treino ainda e vai que machuca, sente alguma coisa, aí desfaz tudo. Mas já temos a nossa opção”

A necessidade de decidir dentro dos 90 minutos não é novidade para os jogadores, que tiveram essa responsabilidade no duelo contra Camarões e conseguiram a vitória por 4 a 1. Dessa vez, ainda que precise de mais 30min da prorrogação e talvez das cobranças de pênalti, hipótese que o treinador não trabalha, a chance de obter dificuldades é ainda maior e a concentração deve ser máxima.

“Nós já jogamos uma classificação, porque contra Camarões nós não estávamos classificados e se não tivéssemos ganhado, talvez não estaríamos aqui. Pra nós, claro que passa essa ideia de que não ganhando, não iremos a frente, mas esse é o regulamento. Se chegarmos a final, nós vamos correr riscos sempre e nossos jogadores sabem disso, nós trabalhamos muito a cabeça deles. É um jogo de 90 minutos que pode dar a chance de seguir ou não”