Em clima de despedida, o técnico Guilherme Alves que deixa o Vila Nova após a realização da Série B do Campeonato Brasileiro concedeu entrevista coletiva antes do embarque do Tigre para o embate contra o Ceará, em partida válida pela 36ª rodada: amanhã (12), 17h30, na Arena Castelão.  

Sobre a postura da equipe colorada, Guilherme contou que o futebol apresentado na vitória de 3 a 1 sobre o Brasil de Pelotas tira um pouco da pressão. “Sábado será um bom jogo, o Ceará vai jogar pra cima. Temos que aproveitar os espaços, mas saímos daqui sabendo que nossa marcação terá que estar atenta durante os 90 minutos. O time deles é forte, foi montado para subir. O que posso garantir é que independente do adversário, nós temos que vencer todos os jogos: Ceará, Paysandu e Joinville”, declarou.

Novo presidente

O treinador revelou ter ficado feliz com o resultado das eleições presidenciais do Vila Nova. No entanto, ele destacou que a confirmação que Ecival Martins é o presidente executivo do clube colorado não afeta na sua decisão de deixar a equipe goiana.

“Fiquei feliz pelo resultado, já tive boas conversas com o Ecival e a nova cúpula do clube. Foi uma eleição apertada, mas não posso voltar atrás porque dei a minha palavra. Como já disse, em outras oportunidades, minha palavra vale mais do que qualquer assinatura. No entanto, deixo o Vila Nova com uma amizade mais fortalecida com todos. Tivemos alguns problemas, mas conviver comigo nesse nível de intensidade é assim. Estarei torcendo para que o clube encontre um nome que entenda a filosofia imposta e continue essa sequência do ambiente”, disse.

O aviso

Guilherme ainda deixa um recado para o novo mandatário: “ele terá que mostrar serviço no único ano do mandato”. O motivo do aviso? Na visão de Guilherme o ano de 2017 será muito importante para o Vila Nova. “O Atlético já subiu. A seriedade deve ser muito grande na próxima temporada. A disputa entre Goiás e Vila será ainda mais acirrada. É um ano de muito trabalho, tem que investir para realmente brigar pelo acesso. Flertamos, mesmo com pouco dinheiro, com uma vaga no G4. Não se sobe para elite com uma folha tão pequena como a nossa, na verdade se manter assim a briga continuará sendo contra o rebaixamento”, opinou.

A obrigação

O treinador colorado deixa seu palpite sobre a próxima temporada. “Na minha opinião para 2017, o Vila precisa montar um elenco para subir na Série B. No Campeonato Goiano é obrigação chegar entre os quatro melhores. Vejo que ficar 12 anos sem esse título mostra que alguma coisa está errada. É inaceitável pelo tamanho do clube. O Vila tem tudo para ser grande: torcida, estrutura, camisa e estádio. No entanto, penso que para 2017 a obrigação é estar entre os quatro melhores do Goianão”, finalizou.