Jorginho com a camisa do Al-Qadisiya (Foto: Reprodução/Instagram)

Duas semanas após o término da Série B, o Atlético tem apenas uma cara nova para 2019. Contratado por empréstimo junto ao Pelotas-RS, o atacante Geovani Gomes se apresenta ao time rubro-negro no dia 26 de dezembro para o início da pré-temporada. No entanto, o técnico Wagner Lopes pode ter o reforço de um velho conhecido da torcida atleticana, o meia Jorginho, para a próxima temporada.

Com contrato até 2021 com o Atlético, o atleta está no Al-Qadisiya da Arábia Saudita desde janeiro, emprestado até o dia 31 de dezembro. Porém, em entrevista à Rádio Sagres 730, ele disse que ainda não sabe se retornará ao Brasil em 2019.

“Eu tenho acompanhado algumas entrevistas, sei o quando o Adson quer contar comigo, mas primeiro vou terminar meu contrato aqui. Até lá, tem mais três jogos aqui e eu vou dar o meu melhor assim como foi no ano inteiro. Depois disso, vamos sentar com o Atlético, com o Al-Qadisiya e decidir. Não quero entrar muito em detalhes porque eu ainda não sei o que vai ser do meu futuro, meu empresário tem dito para eu ficar tranquilo. Vamos esperar para ver o que é melhor para os dois times e para o Jorginho jogador”.

Feliz no futebol árabe, Jorginho é um dos destaques do Al-Qadisiya e já foi eleito para a Seleção do campeonato nacional em nove oportunidades. O segredo do sucesso é a rápida adaptação à cultura do país.

“A temporada está sendo muito boa, cheguei aqui e todo mundo me recebeu muito bem. Consegui me adaptar o mais rápido possível aqui porque quando cheguei o treinador era brasileiro (Paulo Bonamigo) e ainda tinha três jogadores brasileiros no time e eles me passaram uma confiança enorme. Quando você chega no clube e as pessoas te recebem assim, com certeza você vai dar o seu melhor. Estou muito feliz aqui, tenho correspondido dentro de campo, tenho me mostrado um jogador mais maduro, e vou cumprir meu contrato até o final de dezembro”, revelou.

Esta é a segunda experiência de Jorginho fora do Brasil. Em 2015, teve rápida passagem pelo futebol da Coreia do Sul e não conseguiu ter o mesmo desempenho de agora.

“Eu fui para a Coreia às pressas e quando você vai assim para um país que não é o seu, você acaba se atrapalhando um pouco e voltei na metade do meu contrato. Aqui na Arábia, não. Eu já vim sabendo a cultura, o treinador era brasileiro, tinha jogadores brasileiros e eu vim mais maduro. Acabei me adaptando rápido à cultura do país, à comida, à língua e ao futebol que é o meu estilo. Então eu estou muito feliz aqui e não sei o que vai acontecer, mas eu me preocupo em cumprir meu contrato e quem cuida dessa parte é meu empresário. Não depende só de mim, depende do Al-Qadisiya e do Atlético”, explicou Jorginho.

Mesmo em outro continente, o jogador revelado pelo Vila Nova confessou que acompanhou o Atlético na disputa da Série B. Destacou também do Estádio Antônio Accioly e que pretende retornar ao “Castelo do Dragão” em um futuro próximo.

“Ficou muito bonito, tenho acompanhado os jogos do Atlético aqui da Arábia e eu vi a alegria do torcedor atleticano de estar voltando ao estádio depois de muitos anos. O Atlético tem muita história ali no Accioly. Eu não pude jogar um jogo oficial, mas pode ter certeza que um dia eu volto a jogar neste estádio”.