O volante Fellipe Bastos disse que foi chamado de ”macaco” por um torcedor do Atlético assim que saía do gramado em direção aos vestiários no Estádio Antônio Accioly neste domingo (8), após vencer o rubro-negro por 1 a 0.

”Eu estava saindo para o vestiário e um rapaz com óculos na cabeça me chamou de macaco. Eu voltei e falei assim para ele ‘Repete o que você falou’ e ele ‘Macaco’. Me chamou duas vezes de macaco”, relatou.

Fellipe Bastos falou sobre os casos recentes de racismo em outros jogos, principalmente pela Libertadores da América, e lamenta que o episódio deste domingo no Accioly não tenha sido combatido.

”No mundo que a gente está vivendo hoje, um ato de racismo machuca, dói, deixa a gente entristecido. As pessoas que estavam ao lado viram, as que estavam atrás de mim viram, e elas poderiam muito bem, o policial ou segurança que estavam ali poderiam ter identificado e levado ele. Isso é recorrente, tem acontecido em outros estádios”, afirma. ”Tem que dar um basta nisso. Estou enojado”, complementa.

Na entrevista, Bastos disse que não deseja punição ao Atlético, mas somente ao responsável pela discriminação. ”Acho que o Atlético não tem que ser punido, mas por mim essa pessoa que cometeu o ato racista sabia o que estava fazendo e repetiu a palavra ‘macaco’. Tomara que vocês tenham essa imagem e possam identificá-la”, concluiu.

Nas redes sociais, o Goiás se manifestou por meio de nota de repúdio à atitude do torcedor relatada por Fellipe Bastos. ”Estamos completamente consternados com a atitude lamentável de racismo que aconteceu contra o nosso atleta Fellipe Bastos. Repudiamos veementemente esse ato vergonhoso e covarde, que infelizmente continua a acontecer no futebol. Chega! Isso precisa acabar! Racismo é crime e as medidas judiciais devem ser tomadas para punir o criminoso. Não iremos tolerar esse tipo de atitude. Estamos todos juntos com você, @f.bastos06. Racistas não passarão!”, publicou a agremiação.

Assista à entrevista a seguir