Filiados ao Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), militantes e dirigentes propuseram uma representação junto à direção nacional do partido para solicitar o esclarecimento dos fatos que envolvem o vereador e Presidente do Diretório Municipal de Goiânia Elias Vaz, citado em interceptações telefônicas da Polícia Federal, autorizadas pela justiça.
Em trecho de nota enviada à imprensa, os socialistas afirmam que fizeram pedido para que o parlamentar seja afastado provisoriamente da legenda.
“Diante dos recentes acontecimentos, decidimos coletivamente, requerer ao Presidente Nacional do Partido que encaminhe a nossa Representação à Comissão de Ética para as providências de sua alçada e também à Executiva Nacional do PSOL para que afaste provisoriamente o Vereador Elias Vaz de suas atividades de dirigente partidário até que sejam esclarecidos todos os fatos supracitados, bem como outros que possam aparecer envolvendo o referido dirigente com contraventor Carlos Cachoeira”, traz o texto.
“Também queremos destacar que, como militantes socialistas, nos posicionamos firmemente contra qualquer prática de corrupção, lavagem de dinheiro, desvio de verbas públicas para o bolso de banqueiros, políticos corruptos e empreiteiras de fachada”.
O texto diz ainda que o partido defende o aprofundamento das investigações iniciadas pela Polícia Federa, punição de todos agentes públicos e privados envolvidos na quadrilha de Carlos Cachoeira e afastamento de políticos envolvidos com o contraventor.
Diretório estadual defende
Nota enviada pelo presidente do PSol em Goiás, Martiniano Cavalcante, defende o vereador socialista. Ele afirma que o pedido de abertura de processo no Conselho de Ética é uma “insidiosa tentativa” de denegrir a imagem do vereador e atribuiu a um grupo que, segundo ele, há muitos anos, faz oposição interna sistemática a ele. “Não existe nenhum ato ilícito presumivelmente praticado por Elias”.