No próximo sábado (8), Orlando de Morais e Jardim Itaipu fazer a grande final da Taça das Favelas 2022, no Onésio Brasileiro Alvarenga (OBA). Às vésperas da decisão, jogadores de ambos os times e o presidente da Central Única das Favelas de Goiás (CUFA-GO), Breno Cardoso, contaram as expectativas para o jogo, em entrevista ao Sagres Sinal Aberto, desta quinta-feira (6).

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Paulo Henrique, volante do Orlando de Morais, não jogará a final, já que está suspenso por cartão. Apesar disso, o jogador destacou a ansiedade para a partida deste sábado.

“Vai ser bastante complicado, foi um pouco difícil para mim perceber que perdi uma breve oportunidade, mas acredito nos meus companheiros, no trabalho que a gente vem desempenhando. Por mais que seja difícil, todos que estão ali, quem vai entrar no meu lugar estão bastante preparados”, revelou.

Aluno da Rede Nacional de Aprendizagem, Promoção Social e Integração (Renapsi), o volante contou como foi entrar e também elogiou o ensino que vem recebendo na instituição.

“Em novembro do ano passado entrei no curso, sou jovem aprendiz e é uma empresa que dá aporte mesmo aos jovens que querem ingressar no projeto, no mercado de trabalho. Dão bastante oportunidades e tenho só a agradecer também”, ressaltou.

O caso do atleta Gabriel, do Jardim Itaipu, é diferente. Ele estará em campo na decisão de sábado, mas evitou cravar o favoritismo de algum lado e opinou que o título será decidido nos detalhes.

“Não tem favorito, as duas equipes são muito fortes, vai ser jogo de detalhe, que pode ser fatal para o outro. A expetativa é muito grande, a CUFA fez uma Taça das Favelas muito forte esse ano e vamos com tudo para buscar esse título”, projetou.

(Foto: Sagres Online)

De acordo com o presidente da CUFA-GO, Breno Cardoso, ocorreu tudo conforme o programado na organização da competição. Agora, ele espera que a final possa ser a cereja do bolo para coroar o trabalho.

“Tivemos 270 comunidades que se inscreveram para a competição, depois fizemos uma pré-seleção. Começamos com 92 territórios de periferia, de diversos lugares, várias idades, três sedes da competição, muita mobilização, até chegar essa grande final”, contou.

Ainda conforme Breno Cardoso, a Taça das Favelas não é só o futebol em si, mas um movimento social, de inclusão de todos da periferia, como foi a ação realizada com o Sesi, em que foram disponibilizadas entradas gratuitas para jogadores e familiares passarem o dia no clube.

“Mais uma vez é isso, oportunizar e quando faz isso, a gente faz a periferia ocupar um espaço que geralmente ela não ocupa. Infelizmente, as oportunidades não são democratizadas como deveriam ser. Então, a nossa luta, da CUFA, não é só na Taça das Favelas, é em qualquer projeto que ela realiza, gerar protagonismo para a periferia”, destacou.